No dia 1º de maio, feriado, Avaré contabilizava 132 óbitos (incluindo um homem de 70 anos que falecera na data). Dezessete dias depois, a cidade atinge a triste marca de 156 óbitos – mais de uma morte diária. Neste final de semana, segundo boletim da secretaria de Saúde, duas mulheres ( de 37 e 80 anos) e dois homens ( de 60 e 83 anos) morreram em decorrência da doença. A secretaria não confirmou as mortes – 4 mulheres e um homem – divulgadas pela Voz do Vale e publicada pelo in Foco.
Também no mesmo período, o aumento no número de casos é assustador: foram 812 até o momento, já que oficialmente hoje, dia 17, há 6.824 confirmados (dia 1º eram 6.012). Infelizmente o número de curados não segue o mesmo ritmo; em 17 dias são 650 pessoas recuperadas (dia 1º eram 5.763 e hoje, são 6.413)
Outro dado preocupante é o número de pessoas em tratamento domiciliar: 217, o maior registrado até o momento.
Há meses, a Santa Casa de Misericórdia de Avaré continua com ocupação total de seus leitos e hoje tem 33 pacientes internados na (30 internados na Ala 5 e 3 pacientes internados na Ala 1), além de 5 pacientes internados em outros municípios. No Pronto Socorro, a situação está ainda pior com 24 pacientes aguardando vaga para internação, sendo 2 deles intubados.
Outros 15 pacientes aguardam resultado de exame (PCR) em domicílio e 20.299 testes realizados deram resultados negativos.
Descaso
Enquanto a cidade continua com índices alarmantes, denúncias de festas e descaso no atendimento médico continuam. Neste final de semana, a grande polêmica foi um evento esportivo eqüestre que gerou aglomerações no recinto da Emapa.
O prefeito Jô Silvestre (PTB) chegou a dizer ao jornal Bigorna que não sabia do evento e registrou BO para apurar o caso, mas – como tínhamos noticiado – na sexta-feira a secretaria de Comunicação tinha enviado nota em resposta ao in Foco, garantindo que o evento ‘particular não teria público’.
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