A vereadora Carla Flores (MDB) surpreendeu na sessão legislativa de segunda-feira (21) por uma mudança de postura mais crítica, mostrando a realidade do grave problema da falta de medicamentos em Avaré– problema que tem sido uma constante no governo Jô Silvestre (PSDB), principalmente depois que os medicamentos passaram a ser adquiridos pelo setor de compras da prefeitura.
Em sua Palavra Livre na tribuna, Flores chamou de “plano macabro” o que tem ocorrido na saúde local em relação a falta de remédios nos postos de saúde e no Pronto Socorro e revelou que “só não está pior graças ao Dr. Roslindo”, secretário da pasta.
Citando a matéria veiculada pelo in Foco sobre a abertura de sindicância para apurar o caso, a vereadora deu o exemplo do que está acontecendo na prática; o medicamento Clonidina foi comprado recentemente por R$ 15,59 o comprimido, totalizando 12.472,00 por 800 unidades. Contudo, Flores frisou que quando os medicamentos eram comprados pela pasta da saúde, este comprimido custava apenas 0,23 centavos a unidade.
Com isso, a vereadora levanta a hipótese de um suposto superfaturamento nas compras como o in Foco já havia veiculado em várias matérias e o influencer Paulo Proença denunciado.
“O que acontece neste setor de compra? (…) Estão forçando a compra emergencial (…) não tenho medo, não tem ninguém que me breque” frisou.
A vereadora também prometeu dar uma aula de licitação na próxima sessão referindo-se ao problema com os concursos públicos de Avaré, que geraram várias polêmicas com falhas nas inscrições, provocando comentários suspeitos de ‘concurso carta marcada’.
“Isso é a ponta do iceberg”, reforçou a vereadora ironizando departamentos jurídicos da prefeitura e o procurador. “Isso não vai ficar assim não”, prometeu Flores.
Ela também criticou a Semads – pasta de assistência social – pelo baixo número de cestas básicas doadas às famílias carentes da cidade e de inscrições para capacitação de mulheres vítimas de violência doméstica.
Veja abaixo o vídeo do pronunciamento de Carla Flores