O clima no estado de São Paulo está um pouco diferente do que é esperado para o verão, com o tempo constantemente nublado e uma grande frequência de chuvas. De acordo com Mamedes Luiz Melo, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão para os próximos três meses é de “chuvas irregulares”, apesar de períodos de tempo abafado.
A estação, que é conhecida por ter clima quente e pancadas de chuva, está sendo influenciada pelo fenômeno La Niña, que deve trazer temporais ainda mais intensos à capital e ao interior do estado. “Vão ser dias de muito calor, de deixar qualquer um suando, aí vem a chuva e alivia um pouco essa condição, traz a sensação de frio, mas logo o calor volta. Haverá essa oscilação”, afirma Mamedes Melo.
No começo de janeiro, porém, a temperatura na cidade foi marcada por um frio atípico, que ainda pode durar ao longo do mês. Na primeira semana do ano, a temperatura ficou em média 5°C abaixo do esperado, de acordo com a meteorologista Maria Clara Sassaki.
Zona de convergência
Além do La Niña, a zona de convergência do Atlântico Sul, que traz umidade da região amazônica, também deve provocar chuvas expressivas durante o verão, que começou em 21 de dezembro de 2022 e termina em 20 de março de 2023.
“Fenômenos meteorológicos potencializam muito as chuvas, não só em São Paulo, mas no Brasil. Neste período, há previsão de temporais, com rajadas fortes de vento e granizo, principalmente no centro-sul do país”, afirma Mamedes Melo, do Inmet.
Ainda segundo o meteorologista, a previsão para os próximos três meses ainda é de um verão típico, exceto pela quantidade ainda mais expressiva de chuva.
Atuação dos fenômenos meteorológicos
Já na primeira semana do ano foi possível notar a atuação dos fenômenos meteorológicos. A Defesa Civil chegou a deixar todo o estado em alerta para os temporais, que vieram acompanhados de descargas elétricas, fortes rajadas de vento e granizo.
Algumas regiões da cidade de São Paulo tiveram alagamentos, interdições, desabamentos, queda de árvores e acidentes de carro. O interior do estado, no entanto, foi o mais afetado.
Em Araraquara, a intensidade da chuva acabou abrindo uma cratera em uma avenida. Uma família, que passava de carro pelo local, morreu após o veículo ter sido arrastado por um córrego e caído na cratera.
Os corpos da mãe, dos filhos gêmeos e do casal de cunhados foram encontrados boiando na água deixada pelo temporal. Uma menina de 10 anos, que também estava no veículo, ainda não foi encontrada.
As chuvas também afetaram a circulação dos trens em Franco da Rocha, na região metropolitana. A área de Caieiras também teve o transporte público afetado. A prefeitura chegou a recomendar atenção especial aos locais mais vulneráveis, devido ao risco de deslizamentos.
Para Avaré, a previsão é de chuva para os próximos dias e as tenperaturas máximas devem ficar entre 26 e 27ºC e as mínimas, entre 19 e 20ºC.
(Fonte R7)
