O mandato de Augusto Aras à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) termina nesta terça-feira (26) – e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não indicou sucessor para o posto.
A partir desta terça, assume o posto de maneira interina a sub-procuradora-geral Elizeta Ramos, eleita no início do mês como vice de Aras no Conselho Superior do Ministério Público Federal.
Cabe ao presidente da República escolher, dentre os mais de 70 subprocuradores-gerais, o indicado para comandar o MPF e a PGR.
Embora o presidente esteja sendo pressionado a indicar mulheres para postos de chefia do Estado, são quatro homens que aparecem como mais cotados para comandar a Procuradoria-Geral da República e um deles é o avareense Mario Luiz Bonsaglia. Além dele, também foram indicados Paulo Gustavo Gonet Branco, Antonio Carlos Bigonha e Carlos Frederico Santos.
A Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) chegou a montar uma lista tríplice para sugerir a Lula, encabeçada pela procuradora Luiza Frischeisen. Dos quatro mais cotados, apenas Bonsaglia estava nessa relação.
Entre outras atribuições, cabe ao procurador-geral pedir a abertura de inquéritos para investigar presidente da República, ministros, deputados e senadores. Ele também tem a prerrogativa de apresentar denúncias contra os detentores de foro privilegiado (veja aqui mais detalhes sobre o trabalho de um PGR).
Mario Bonsaglia
Mario Luiz Bonsaglia nasceu em Avaré, São Paulo. Em 1981, formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). É doutor em Direito do Estado também pela USP.
Começou a carreira no Ministério Público Federal em 1991, atuando inicialmente em casos criminais na Procuradoria da República em São Paulo.
Em 1996, foi promovido a procurador regional da República, que atua em processos que tramitam no Tribunal Regional da 3a Região.
Em 2014, alcançou o nível subprocurador-geral da República.
Bonsaglia também atuou no Conselho Nacional do Ministério Público entre 2009 e 2013, onde fez parte de uma série de comissões temáticas.
Na área acadêmica, a tese de doutorado tece como tema “Federalismo e direitos humanos”. É também autor de artigos sobre segurança pública, controle da atividade policial e direitos humanos.
Bonsaglia esteve na lista tríplice com sugestões de nome para o cargo nos anos de 2015, 2017, 2019, 2021 e de 2023.
(Fonte g1)