O gerente da Sabesp em Avaré, Jorge Matos preferiu não comentar a matéria veiculada sobre a presença de agrotóxicos na água distribuída em mais de 50 cidades das regiões de Sorocaba, Jundiaí e Itapetininga (SP.

Ele foi procurado pela reportagem do in Foco que questionou uma resposta da empresa já que em Avaré também mais de 20 tipos de agrotóxicos foram detectados.

“Estou aguardando uma resposta corporativa porque a matéria inclui diversas unidades da Sabesp. Os processos de tratamento são iguais em todas as unidades. Não temos um processo de tratamento específico para Avaré. Eu não recebi o relatório completo. O Instituto não informou quais foram os tipos encontrados, nem qual foi a quantidade encontrada”, alegou.

A matéria se baseia nas informações de um levantamento divulgado em 16 de outubro pela Organização Não Governamental Repórter Brasil, com dados do Ministério da Saúde.

Das 54 cidades das três regiões, 46 têm a distribuição de água operada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). As outras dez tem autarquias e departamentos que realizam os trabalhos de forma autônoma.

Conforme o levantamento, as cidades de Sorocaba e Porto Feliz apresentaram o maior número de agrotóxicos, com 27 cada. Em Iperó, Itu, Salto, Votorantim e Mairinque foram identificados 22 tipos de agrotóxicos diferentes. Houve registro ainda em Alumínio, Capela do Alto, Piedade e Salto de Pirapora . Na região de Jundiaí, Itatiba apresentou 27 tipos agrotóxicos, conforme o levantamento. Em seguida, aparece a cidade de Itupeva que apresentou 26. Conforme os dados, também estão na lista as cidades de Jundiaí, Cabreúva, Jarinu e Várzea Paulista.

Na região de Itapetininga, as cidades onde foram encontrados agrotóxicos na água distribuída são as seguintes:  Alambari, Angatuba, Águas de Santa Bárbara, Arandu, Avaré, Boituva, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Cesário Lange, Conchas, Guareí, Iaras, Itaberá, Itapetininga, Itapeva, Itaporanga, Itararé, Laranjal Paulista, Nova Campina, Quadra, Pereiras, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Porangaba, São Miguel Arcanjo, Pilar do Sul, Sarapuí, Sarutaiá, Taquarituba, Tatuí, Tejupá, Timburi, Torre de Pedra. Essas cidades são atendidas pela Sabesp.

O levantamento aponta a possibilidade de mistura de 27 diferentes tipos de agrotóxicos, que foi detectada na água consumida por parte da população de 210 municípios brasileiros.

As informações, conforme a entidade, são resultado de um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil a partir de informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, com testes feitos em 2022.

O Sisagua, conforme o Ministério da Saúde, é um instrumento do Vigiagua que tem como finalidade auxiliar o gerenciamento de riscos à saúde a partir dos dados gerados rotineiramente pelos profissionais do setor saúde (Vigilância) e responsáveis pelos serviços de abastecimento de água no Brasil.

 

Com informações de  G1 por Marcel Scinocca