Foto Tribuna Ourinhense

O menino Arthur Ruiz, de apenas sete anos de idade, é responsável pela descoberta de um asteroide nunca antes visto. O garoto de Ourinhos é integrante de um grupo de crianças super inteligentes que analisou dados do International Astronomical Search Collaboration (IASC), da Nasa, e observou pela primeira vez o corpo celeste na órbita de Marte.

O asteroide foi classificado como um NEO, sigla em inglês para Objeto Próximo à Terra, e pode entrar na órbita da Terra — e até mesmo acidentalmente colidir com o planeta — em milhões de anos. O objeto tem entre 40 e 100 metros de diâmetro e demora quase dois anos terrestres para dar uma volta em torno do sol.

Por ser o primeiro a ver o corpo celeste, Arthur terá o direito de batizá-lo, segundo Maria Beatriz de Andrade, coordenadora do programa Caça Asteroide na Mensa Brasil, entidade que reúne as crianças superdotadas que participaram dos estudos. Atualmente, o asteroide é chamado provisoriamente de 2024 JB 29, pelos padrões da União Astronômica Internacional (UAI).

Em entrevista à CNN, Daniel Ruiz, pai de Arthur, relatou o filho começou a se interessar pelo universo desde os dois anos de idade e logo cedo demonstrou habilidade de aprender facilmente qualquer conteúdo. Arthur ainda contou que, quando crescer, quer ser astrofísico, não astronauta, e explica: “Astronauta vai para o espaço, e o astrofísico estuda o universo aqui da Terra”, afirma.

As imagens analisadas pelas crianças vieram de dois telescópios, que ficam no Havaí, Estados Unidos, pelo programa Caça Asteroides. No mundo, apenas 114 descobertas provisórias foram feitas por cientistas cidadãos no programa. E apenas uma delas, até então, no Brasil: do asteroide 2014 QF309, feita em 2014 por alunos da escola Liceu Nilo Peçanha, em Niterói (RJ).

O Programa Caça Asteroides é um programa em parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e IASC/Nasa, com apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (SEDUC/MT) e Observatório Nacional (ON).

Fonte CNN