Essa semana, a morte da jovem Yandra Nitsche Preste em Avaré completou um ano sem solução. Familiares da vítima fizeram postagens nas redes sociais em homenagem a jovem que foi agredida pelo companheiro dois dias antes de ser encontrada morta, supostamente por suicídio.

Segundo apurado pelo in Foco, o inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público, que é o titular da ação penal, mas ainda não houve denúncia. Foi decretado segredo de justiça, instrumento previsto em lei que restringe a divulgação da investigação nesse caso específico, por isso a DDM não divulgou mais detalhes para a imprensa.

A jovem Yandra foi encontrada morta em sua casa no parque Jurumirim pela própria mãe, dia 19 de fevereiro. Inicialmente havia a hipótese de suicídio, mas depois de algumas inconsistências muitos amigos e familiares questionaram a hipótese de feminícidio.

Isso porque a vítima vinha sofrendo em um relacionamento abusivo com  L.D.B. e dois dias antes da morte, na madrugada do dia 17, registrou boletim de ocorrência por agressão, mas infelizmente o exame de corpo de delito só foi marcado para a segunda-feira, quando ela lamentavelmente foi encontrada morta.

O caso gerou ainda mais polêmica porque apesar das marcas de agressão, elas não constaram no laudo necroscópico (autorizado pela família). A família contestou o laudo, considerando que as lesões são desapareceram antes da morte.

Depois de uma manifestação pública marcada pela revolta popular, um laudo complementar foi divulgado pela Delegacia de Defesa de Mulher. As fotos mostraram as marcas da agressão registrada em boletim de ocorrência dia 17, inclusive com dedo quebrado. As fotos foram feitas pela própria mãe a pedido de Yandra no dia 18.

Apesar das inúmeras a inconsistências no caso, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) não se manifestou na época – todas relatadas pelo in Foco que segue acompanhando o caso até a resolução final.