A Polícia Civil prendeu na quarta-feira, dia 16, três investigados por envolvimento direto em dois furtos qualificados que ocorreram em março deste ano, ambos com grande repercussão no município de Taguaí. As prisões, realizadas em cumprimento a mandados expedidos pela Vara Única da Comarca de Fartura, foram resultado de uma investigação conduzida pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia de Polícia local, com base em provas técnicas, imagens de segurança e confissões dos próprios envolvidos.

Os crimes ocorreram nos dias 9 e 11 de março de 2025, tendo como alvos uma loja de roupas e o comércio Elétrica Camargos, respectivamente. Os furtos foram cometidos durante a madrugada, mediante escalada e com participação de vários indivíduos. Em ambos os casos, o modo de atuação dos autores e o perfil dos envolvidos revelam organização, divisão de tarefas e reincidência criminal.

Segundo o relatório de investigação, no furto à loja de roupas, um dos autores escalou uma janela de cerca de 2,7 metros de altura para acessar o interior do estabelecimento. Foram subtraídos cerca de R$ 2.950,00 em espécie, cheques, roupas de grife, uma cafeteira, um celular e joias. Parte dos objetos furtados foi posteriormente localizada dentro de um saco de lixo na residência dos avós de um dos investigados. A ação contou com apoio logístico de outro membro da quadrilha, que permaneceu nas proximidades em um veículo VW Gol verde, utilizado para transportar os bens furtados.

Dois dias depois, o mesmo grupo teria agido novamente, desta vez invadindo a Elétrica Camargos. Imagens das câmeras de segurança flagraram a ação do autor que, após ser reconhecido pelas vítimas, foi identificado como um velho conhecido da Polícia de Taguaí. Com base nas gravações, depoimentos e denúncias, foi realizado reconhecimento fotográfico que confirmou a identidade de um dos indivíduos. Ele foi posteriormente localizado em Avaré, onde havia sido preso em flagrante por outro furto, e confessou a participação nos dois crimes ocorridos em Taguaí.

Durante as investigações, todos os envolvidos foram ouvidos formalmente. Em depoimento, um deles reconheceu que entrou nas lojas, confirmou a divisão do dinheiro e mencionou o uso de entorpecentes no momento do crime. Outro afirmou que apenas participou do transporte dos comparsas e dos objetos. Um terceiro, capturado na mesma data, confirmou que estava com o grupo, embora negasse ter lucrado com a ação.

Dos três capturados, um deles foi preso em via pública, outro em sua residência e o terceiro também na rua, todos mediante cumprimento de mandado de prisão preventiva pelo crime de furto qualificado (art. 155, §4º, do Código Penal). O quarto envolvido já se encontra recolhido por outro crime, e também responde pelo mesmo processo.

Todos os presos são reincidentes, com passagens por furto, tráfico, violência doméstica, roubo e descumprimento de medidas protetivas. Além disso, segundo o relatório, nenhum deles possui ocupação lícita no momento, e dois são moradores de rua.

A Polícia Civil destacou que os crimes foram esclarecidos com o apoio da população, que contribuiu por meio de denúncias anônimas, e da Polícia Militar. As investigações prosseguirão por meio de inquérito policial.