Depois de Botucatu, Manduri e Taquarituba já registraram os primeiros casos da variante ômicron do coronavírus. De acordo com comunicado da Unesp, são sete casos no total, cinco na cidade de Botucatu, um em Manduri e um em Taquarituba.
Segundo os municípios, os pacientes estão bem e em isolamento. Em Taquarituba, o comunicado foi emitido pela administração municipal nesta terça-feira (4). Segundo a Coordenadoria de Saúde, o caso da variante ômicron foi confirmado através de um estudo realizado pela Unesp de Botucatu em um paciente da cidade.
A prefeitura informou que o paciente está em recuperação domiciliar e passa bem, mas não divulgou mais detalhes sobre a identidade dele.
Já a prefeitura de Manduri divulgou que a variante ômicron do coronavírus já circulava pela cidade no sábado (1º). O município disse que o paciente está bem e cumpre isolamento social, e reforçou, em nota, a necessidade da população cumprir as medidas para evitar a disseminação da Covid-19.
Os casos em Taquarituba e Manduri ainda não foram contabilizados pela Secretaria Estadual de Saúde.
Cidade mais vacinada contra Covid de SP, Botucatu confirmou os primeiros casos da variante ômicron na sexta-feira, dia 31 de dezembro. O município, que sediou o estudo clínico para avaliar a eficácia da vacina AstraZeneca, já tem 90% dos moradores completamente imunizados e 63% com a terceira dose. Segundo dados do Vacinômetro do governo de SP, Botucatu lidera o ranking de vacinação do estado.
O boletim epidemiológico divulgado também no último dia do ano indicava que não havia na cidade qualquer paciente internado, tanto no Hospital das Clínicas (HC) quanto na rede privada.
Segundo o secretário de Saúde de Botucatu, André Spadaro, a confirmação desses cinco primeiro casos não possui relação com o nível de vacinação da cidade, e a chegada da ômicron já era esperada, diante de seu avanço em escala mundial e também da sua alta taxa de transmissão.
“A ômicron tem todo o potencial de se tornar a variante dominante, o que já acontece na Europa e nos EUA. Já vinha falando sobre isso e, em duas ou três semanas, certamente teremos um crescimento de casos positivos provocados por ela também no Brasil e no estado”, diz Spadaro.
De acordo com o secretário, se por um lado a vacinação parece não ter força para segurar a transmissão, por outro, uma alta taxa de imunização consegue impedir que as novas infecções pela ômicron avancem para casos graves, internações e óbitos.
Spadaro explicou ainda que Botucatu apareceu primeiro com casos da ômicron no centro-oeste paulista porque o estudo de efetividade, além de imunizar a população, também dotou a cidade de uma robusta estrutura de testagem, fazendo com que todas as amostras positivas de Covid passem por sequenciamento genético.
Segundo ele, como todo o processo de sequenciamento genético demora de duas a três semanas, maior até que o período de quarentena prescrito para a Covid-19, muito provavelmente esses cinco primeiros casos detectados da variante são de pacientes que até já se recuperaram.
Diante da nova situação, André Spadaro reforçou a orientação para que toda a população continue com as medidas de prevenção da doença, usando máscaras e evitando aglomerações.
Avaré ainda não reportou nenhum caso.
‘Variante de atenção’
Assim como a alpha, a beta, a gamma e a delta, a ômicron é classificada como “variante de atenção” pelas autoridades sanitárias devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção, por exemplo.
Até 28 de dezembro, análises do Instituto Adolfo Lutz e do CVE identificaram três casos autóctones de beta, 54 de alpha, 2.917 de gamma e 15.025 de delta.
Segundo o CVE, as medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, que segue obrigatório em São Paulo; higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e vacinação contra a Covid-19.
(Fonte G1)