Uma farmácia de Piraju conseguiu na justiça o direito de manipular medicamentos à base de canabinóides, que é uma substância extraída da cannabis, planta de onde a maconha é originada.
Segundo a farmacêutica Thalia Barbosa de Oliveira, a farmácia deu entrada na liminar e conseguiu a liberação em junho deste ano. Thalia contou à TV TEM que, como a manipulação é um trabalho individualizado, cada paciente tem a sua dosagem do remédio.
“A gente consegue atender pacientes de diversas dosagens. Então, se o médico decidir começar atender o paciente com 10 e terminar com 20, a gente consegue atender, o que o industrializado não conseguiria”, explicou a farmacêutica ao g1.
De acordo com a Thalia, o medicamento industrializado também foi liberado há pouco tempo, só que tem duas dosagens, de 20 mg e 50 mg. Por esse motivo, o médico não pode adequar para o paciente.
O remédio, chamado de canabidiol e conhecido como CDB, precisa de uma receita azul e um termo de consentimento para ser comprado. Segundo a prescrição médica, será dado uma receita em duas vias, onde uma fica com a farmácia e a outra com o paciente.
“A gente compra de uma empresa farmacêutica a 3%, o que equivale a 30 mg por ml, que consegue fazer liquido. Isso permite com que a gente faça a manipulação do canabidiol, um fitoativo extraído da cannabis sativa”, conta Thalia
A farmácia de Piraju diz que a procura do medicamento é procura do medicamento é para pacientes com doenças de Alzheimer, Parkinson, epilepsia, esclerose múltipla, HIV, e com dores crônicas.
“A gente sabe o quanto é difícil para pessoas que sentem dores crônicas atingir o nível terapêutico de medicamento para aliviar essa dor, e o CDB consegue atingir”, completa a farmacêutica.
(Fonte g1)