Uma cratera gigante ameaça ‘engolir’ algumas casas no bairro São Rogério, em Avaré, mais precisamente na rua  Waldomiro Antunes Fogaça, 88 – situação ainda mais alarmante com a temporada de chuvas prevista para este mês.

O alerta foi feito pela moradora que vive mais próxima à cratera e que teme perder a casa. A Defesa Civil informou ao in Foco que, caso a chuva continue, deverá interditar as casas.

“Estamos novamente vivendo mais uma vez o descaso da prefeitura e da empresa Pacaembu. Até então não havia mandado nada, pois várias vezes fomos à prefeitura e o nosso vizinho também e nada foi resolvido. Mas agora está mais feio que há 7 anos atrás”, desabafa a moradora Barbara Felix.

De fato, o problema é antigo e foi noticiado pelo in Foco várias vezes. A cratera virou notícia em 2017 e depois foi fechada. Contudo, há cerca de 2 ou 3 anos, o problema voltou.

“Quando tivemos o primeiro problema foi em 2017. Pacaembu que arrumou a erosão, por intermédio da prefeitura, que disse que era de responsabilidade da empresa”, relata a moradora, explicando que a cratera reapareceu por causa de problemas na tubulação de escoamento de águas (veja nas fotos).

“Ficou por um tempo sustentando a queda de água que é quase do bairro todo, que vai para essa tubulação. O problema é que não foi levada a tubulação até um rio que tem ali próximo. Devido a isso a erosão começou, aconteceu novamente de forma mais agressiva, e fazendo desmoronar as paredes se terra nas laterais”, diz.

Contudo, agora essa imensa erosão está mais agressiva, desbarrancando e engolindo tudo. “Corro o risco de perder a casa mesmo”, lamenta a moradora. “E a tubulação vem para a rua, vai cair poste e tudo e as outras casas também correm risco”, reforça Barbara.

A moradora diz que a empreiteira – Pacaembu – afirma já ter vencido o contrato e que a responsabilidade é da prefeitura. “A única resposta é que eles e a Pacaembu estão fazendo orçamentos”, relata a moradora, frisando que o buraco deve ter mais de 8 metros de profundidade.

O in Foco enviará a matéria à prefeitura através da pasta de Comunicação e ao Ministério Público. Nenhum responsável pela Pacaembu foi encontrado para falar sobre o assunto por enquanto.