A Associação Paulista de Imprensa – API estadual e regional de Avaré juntamente com a OAB- Ordem dos Advogados do Brasil, emitiram uma nota na qual se manifestam sobre a caótica situação da cidade que vive um momento de calamidade pública após as chuvas fortes na primeira semana de fevereiro e que causaram alagamentos e prejuízos.
Apesar da conotação apolítica, a nota enfatiza que “é impossível deixar de olhar para o retrovisor e verificar que infelizmente entra e sai governo, o problema persiste”, referindo-se aos alagamentos.
“De qualquer forma, essa é a hora de nos unirmos, cobrarmos e exigirmos que providências anunciadas e prometidas sejam de fato realizadas e concretizadas pelo bem da nossa sociedade e por seu futuro como “estância turística””, diz o documento.
Em entrevista ao in Foco, o vice-presidente da API estadual, Cláudio Salomão frisou que todas entidades de classe deveriam se manifestar. “Nós todos temos que nos posicionar; ainda mais a imprensa. É nosso papel também frente à sociedade. Não podemos politizar a questão, mas está se discutindo uma questão social que envolve nossa cidade”.
Veja abaixo, a nota na íntegra
NOTA A SOCIEDADE AVAREENSE
A ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE IMPRENSA – API ESTADUAL E REGIONAL DE AVARÉ e a ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, SUBSEÇÃO DE AVARÉ/SP, por seus representantes que abaixo subscrevem, vem pela presente nota perante a sociedade Avareense expor de forma técnica e reflexiva sobre os acontecimentos relacionados as chuvas intensas dos últimos dias: Inicialmente, salientamos com essa nota, que apenas exercemos nosso papel perante à Sociedade, seja de informação, seja de zelar pelo cumprimento das Leis.
Como é de conhecimento da população avareense, as fortes e intensas chuvas atingiram com muita força as cidades da região, e mais uma vez a nossa cidade. Não queremos com a presente manifestação culpar alguém, porém, não podemos, nesta oportunidade, deixar de olhar para o retrovisor e verificar que infelizmente entra e sai governo, o problema persiste.
Os mesmos pontos de alagamento da cidade no dia 1º de fevereiro tiveram os problemas agravados, levando uma parte significativa da população a terem perdas materiais elevadas e felizmente não perda de vidas.
Verificamos veículos submersos, lojistas desesperados vendo suas mercadorias boiarem pelo centro da cidade, famílias em situações de vulnerabilidade social que perderam tudo. Temos conhecimento que a obra a ser realizada com o intuito de solucionar ou minimizar o problema é de grande magnitude, mas sabemos que é possível sua realização.
Mas não verificamos atitude prévia de nossos representantes em tragédias anunciadas, como a que estamos discutindo, ou, se estão tomando alguma providência, estão falhando na comunicação com a população. De quem é a culpa? Será que é dos últimos administradores Municipais eleitos que não tomaram nenhuma atitude, ou, se adotaram alguma, não demonstraram a sociedade o porquê de o projeto não ter sido, sequer, iniciado? A culpa é nossa por falhar nas escolhas de nossos representantes, sejam eles Municipais, Estaduais ou Federais?
De qualquer forma, essa é a hora de nos unirmos, cobrarmos e exigirmos que providências anunciadas e prometidas sejam de fato realizadas e concretizadas pelo bem da nossa sociedade e por seu futuro como “estância turística”.
É neste sentido que continuaremos a atuar, levando informação, zelando pelo cumprimento das leis, mas também defendendo todos os cidadãos através de ações e campanhas nas quais exigiremos soluções imediatas a curto, médio ou longo prazos.
Estância Turística de Avaré/SP, 03 de fevereiro de 2022.
PEDRO VICTOR ALARCÃO ALVES FUSCO
PRESIDENTE DA OAB DE AVARÉ/SP
CLÁUDIO MANSUR SALOMÃO
1º VICE-PRESIDENTE DA API
APARECIDA ALVES KOCH
DIRETORA API REGIONAL