O SAMU é um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que atende os casos de urgência e emergência, financiado pelo Governo Federal, Estadual e Municipais, com a finalidade de melhorar o atendimento a população. Foi criado em 2003 e faz parte do Política Nacional de Urgências e Emergências. Um de seus diferenciais é a capacitação dos profissionais da linha de frente que nele atuam.
Em Avaré o serviço foi implantado há dez anos e agora, o município em breve não terá mais o SAMU. O anúncio foi feito pelo secretário de Saúde na audiência pública de ontem, no Legislativo. Embora não fosse o tema central da audiência, a afirmação causou péssima repercussão como já previu Roslindo ao dizer que o desligamento iria dar “falatório”.
A alegação é que Avaré tem arcado sozinha com as despesas mensais do SAMU; para ele, apesar de ser regional, o serviço não tem apoio financeiro por parte de outras cidades atendidas por ele.
“Avaré banca tudo. Não precisamos do SAMU regional. Gastamos 450 mil para atender outros municípios”, argumentou o secretário, anunciando ainda que a ideia é criar o SAMU municipal, com ambulâncias da cidade, mas não deu mais detalhes.
Contudo, outra “motivação” para o cancelamento do SAMU seria uma médica da Amvapa- Associação dos Municípios do Vale do Paranapanema que tem causado problemas, segundo Roslindo. “Ela voltou e já deu nova confusão. Só nos causa transtorno e prejuízo grande”, revelou. Certamente ele está se referindo a médica Ana Caroline Alves Fernandes Poçarli que ganhou uma ação trabalhista contra o consórcio intermunicipal do alto vale do Paranapanema – Amvapa, após demissão sem observância do processo administrativo. A demissão de Ana Caroline foi motivada por uma perseguição do Secretário de Saúde de Avaré, Roslindo Machado, contra a médica.
A notícia causou grande repercussão e nas redes sociais, só há críticas a atitude do governo. Até porque os profissionais e o serviço são sempre elogiados pelo atendimento. Inclusive um colaborador faleceu vítima de covid-19 e durante o pico da pandemia, na crise do Pronto Socorro (que ficou dias sem médicos), foi uma profissional do SAMU que ajudou pacientes.
Oficialmente a secretaria de Saúde ainda não se pronunciou. “Essas informações serão prestadas oportunamente, pois ainda estamos no início do processo”, foi a única resposta sobre o fechamento do SAMU e se a decisão é irrevogável ou não.