Depois de 5 dias, a secretaria municipal de Educação de Avaré deu um retorno sobre o caso da escola EMEB Alzira Pazão de Avaré, onde crianças com deficiências teriam sido mau tratadas por funcionários, incluindo a diretora da instituição, Ivone Dias Fusco.

As denúncias foram feitas por mães das crianças vítimas de maus tratos depois que a cuidadora Zuleica Cardoso levou o caso à polícia.

” A Secretaria Municipal de Educação já tomou as todas as providências cabíveis, tendo ouvido as partes envolvidas para a devida apuração dos fatos. O caso foi encaminhado para a Secretaria Municipal de Administração. A Procuradoria Geral do Município também será notificada sobre o caso para eventual instauração de sindicância em caso de materialidade”, diz a nota enviada pela pasta da Comunicação.

Semana passada, a diretora da escola, através do seu advogado José Renato Fusco, rebateu as críticas e denúncias, dizendo serem falsas. “Todas as alegações contidas na matéria são falsas e claramente fruto de uma mente perturbada”, frisa, referindo-se à cuidadora que foi a primeira a denunciar o caso na secretaria de Educação e à Polícia.  “A denunciante, Zuleica Cardoso, funcionária com histórico ruim na Prefeitura Municipal de Avaré, fora transferida diversas vezes de local de trabalho, por não se dar bem com os seus colegas, causando sempre problemas e confusões”, afirmou o advogado na nota enviada ao in Foco.

No direito de resposta, Fusco também rebate a afirmação de que a diretora não estaria sendo investigada ou punida. “Dizer que a Diretora Ivone Dias Fusco não foi investigada até o momento, não condiz com a verdade, pois nesse momento a Polícia Civil tem um Inquérito em andamento sobre o ocorrido. Não há que se falar em punição, tendo em vista que as investigações ainda não foram concluídas, e vivemos em um país pautado pelos Princípios Constitucionais da Ampla Defesa, Contraditório e Devido Processo Legal”.

O caso já foi levado ao Conselho Tutelar, Ministério Público e teve várias reuniões na secretaria de Educação do município.  As mães estariam revoltadas porque a cuidadora estaria sendo supostamente perseguida, enquanto os acusados não teriam sido punidos.

Segundo denúncia feita pela cuidadora Zuleica Cardoso, os maus tratos ocorriam constantemente; as crianças não eram devidamente alimentadas, a higiene e a limpeza da escola eram precárias (até mesmo com urina no chão do banheiro), crianças que evacuavam nas próprias roupas não eram limpas.

Segundo matéria veiculada dia 11, a mãe de um menino de 4 anos, portador de grave intolerância à lactose, relatou que foi impedida pela diretora de levar alimentos adequados ao filho, apesar dos laudos que apresentou e mesmo depois de recorrer a secretaria da Educação. A diretora ainda teria dito que a “culpa” da alergia do filho era dela.

O in Foco continuará acompanhando o caso.