Os 13 vereadores da Câmara Municipal de Avaré continuam ignorando o caso gravíssimo da hipotética venda da Frea (Fundação Regional Educacional de Avaré), que envolveria a investigação de um suposto email fake enviado a endereços eletrônicos oficiais dos edis, com a informação de que agentes políticos de três partidos seriam “beneficiados” (PL, PSD e PT) com a suposta negociação.

O caso foi divulgado com exclusividade no dia 24 de janeiro pelo in Foco; primeira a notícia sobre a suposta venda ou privatização da FREA veiculou cópia do email (fake) no qual, o remetente (ainda incerto) fazia a gravíssima acusação de suposta propina. A cópia do email era a mensagem recebida pelo vereador Hidalgo Freitas (PSD), que também é do mesmo partido de Paes.

Na mensagem eletrônica enviada supostamente pelo contador Milton Morini no dia 23 de dezembro, ele relataria ao vereador Hidalgo Freitas (PSD) – em seu email oficial do Legislativo – que a entrega da FREA estaria sendo articulada com um grupo privado de Cerqueira César pelo atual presidente Samuel Paes (PSD).

Procurado pelo in Foco, o suposto autor da mensagem – Milton Morini – disse que o email é falso e que não o enviou. Inclusive fez um boletim de ocorrência para se preservar. O vereador Hidalgo Freitas confirmou o recebimento da mensagem, mas disse na época que aguardava mais documentos. Inicialmente, já haveria um crime virtual a ser apurado pelo Legislativo, segundo alguns advogados procurados pelo in Foco.

Também procurado pelo in Foco, várias vezes, até agora, o presidente do Legislativo cabo Samuel Paes (PSD) não respondeu ao jornal, embora seu nome seja citado como suposto negociador da instituição (ele foi questionado via whatsapp e também através da assessoria de imprensa da Câmara com cópia do Ministério Público).

Na verdade, a única resposta de Paes foi processar a jornalista Cida Koch, alegando difamação e injúria, valendo-se do cargo ocupado. A redação aguarda o final do inquérito para publicação.

Estranhamente, apesar do teor da denúncia, até hoje nenhum vereador sequer comentou o caso.