
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) manifestou publicamente sua “indignação e repúdio” pelo feminicídio da enfermeira Márcia de Fátima Meira, ocorrido na última terça-feira (27) em seu local de trabalho, na cidade de Avaré.
Em nota divulgada à imprensa e em seus canais de comunicação, o Coren-SP destaca que o crime “escancara a cruel realidade da violência de gênero, que vitima mulheres em todo o país, incluindo profissionais de enfermagem”.
O conselho expressou sua “solidariedade e profundo pesar à família, aos colegas de trabalho, aos pacientes e a toda a comunidade de Avaré”. Paralelamente, a entidade exige das autoridades competentes uma “apuração rigorosa, a responsabilização imediata do envolvido e a adoção de medidas urgentes de prevenção, proteção e enfrentamento à violência de gênero”.
A nota do Coren-SP ressalta a inaceitabilidade de que, mesmo com os mecanismos legais existentes, mulheres permaneçam “desamparadas e expostas ao risco extremo, muitas vezes inclusive no ambiente de trabalho”.
O conselho reforça que a violência contra a mulher é uma grave violação dos direitos humanos e salienta o papel fundamental dos profissionais de enfermagem na identificação, acolhimento e notificação de casos, conforme a legislação. No entanto, o Coren-SP também destaca que esses profissionais “devem ser protegidos e amparados”.
A entidade conclui a nota afirmando que esta é uma questão social e de saúde e segurança públicas, que exige o compromisso firme do poder público, das instituições e da sociedade civil para romper com o ciclo de violência.