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Depois da manifestação do dia 1º de maio por justiça para a jovem avareense Yandra Nitsche Preste, encontrada morta em fevereiro deste ano, a mãe dela, Karine Nitsche, tem usado as redes sociais para fazer novas denúncias e revelações envolvendo o caso, cuja investigação está longe de ser concluída.

Essa semana, Karine fez duas postagens que chamaram a atenção; em uma delas ela afirma que o suposto agressor da filha, teria tentado atropelar sua irmã – o que foi entendido pelo família como tentativa de ameaça.

Lukinha Braz, ou Braizinho, ao invés de tentar atropelar minha irmã na calçada,  por que  você não desce da moto e vem falar comigo? Porque na verdade você não passa de um assassino fracassado que se esconde atrás do seu pai e do esquema sujo dele, você é um fracote covarde, sem seu pai você não é nada!!!”, escreveu em sua rede social.

“E não adianta ficar ameaçando minha família em off, porque na cara você não tem coragem, não é homem pra isso!! E pra me calarem, só se vocês fizerem comigo o que fizeram com a Yandra, ou seja, me MATANDO TAMBÉM!!!”, desabafa.

À reportagem do in Foco ela confirmou que o investigado pela agressão à Yandra dias antes de sua morte, tentou atropelar sua irmã na calçada “para provocar e saiu empinando a moto”.

Outra postagem que chamou a atenção, é ainda mais grave: aponta que Yandra teria saído com um amigo um dia antes da sua morte, após terminar o relacionamento e que depois disso, ela e o amigo teriam sido ameaçados por “Lukinha”. O detalhe é que as ameaças e outras mensagens teriam sido apagadas de um computador no mesmo dia em que a vítima já estaria morta. Estas inconsistências foram teriam sido reveladas pelo advogado deste amigo e já estão com a polícia.

Outras mensagens e áudios, os quais o in Foco teve acesso, também apontam que Yandra estava feliz mesmo após a agressão porque estava livre e que o ex-companheiro queria tirá-la da casa.

“A conta da Yandra foi logada em um computador desconhecido no dia 17/02 e neste horário ela estava comigo. Endereço de IP já está sendo investigado”, escreveu Karine.

Entretanto, para fazer o rastreamento destas informações é imprescindível que o laudo da perícia determine o horário da morte – detalhe que ainda estava faltando.

A família também criou um perfil no Instagram @justicaporyandra onde tem exposto o caso. A polícia ainda não se manifestou sobre estas revelações.

 

Relembre o caso

A jovem Yandra foi encontrada morta em sua casa no parque Jurumirim pela própria mãe, dia 19 de fevereiro. Inicialmente havia a hipótese de suicídio, mas depois de algumas inconsistências o caso também deve ser investigado como suposto feminicídio.

A vítima vinha sofrendo em um relacionamento abusivo com  L.D.B. e dois dias antes da morte, na madrugada do dia 17, registrou boletim de ocorrência por agressão, mas infelizmente o exame de corpo de delito só foi marcado para a segunda-feira, quando ela lamentavelmente foi encontrada morta.

O que causou polêmica é que apesar das marcas de agressão, elas não constaram no laudo necroscópico (autorizado pela família). A família contestou o laudo, considerando que as lesões são desapareceram antes da morte.

O in Foco chegou a falar com o médico legista Poio Novaes, mas ele insistiu que o documento estava correto e afirmou que não havia lesões.

Contudo, no dia seguinte à manifestação, um laudo complementar foi divulgado pela Delegacia de Defesa de Mulher.

Fotos mostram as marcas da agressão registrada em boletim de ocorrência dia 17, inclusive com dedo quebrado. As fotos foram feitas pela própria mãe a pedido de Yandra no dia 18. A polícia ainda não concluiu o inquérito.