Em pouco menos de 40 minutos de chuva, Avaré registrou novamente alagamentos em diversos pontos que comumente são alagados. O registro foi feito por municípes e pelo Voz do Vale. A rua Maranhão voltou a virar um verdadeiro rio, gerando alagamentos, principalmente na esquina com a rua Distrito Federal, onde existe um posto de combustíveis. Moradores ficaram sem ter como acessar suas casas.
Um terreno localizado na Rua 9 de julho se tornou um rio com forte correnteza. Uma casa localizada no local foi atingida, causando prejuízos aos moradores. O A Voz do Vale esteve no local e constatou o problema e a revolta da população.
Alagamentos também são recorrentes nas esquinas das ruas Mato Grosso com a Alagoas e Goiás com a Alagoas. Outras ruas também acabaram ficando intransitáveis, como um trecho da Voluntários de Avaré.
Várias empresas afetadas pelas chuvas do último dia 1º ainda contabilizam os prejuízos. Um deles, Flávio Coelho, dono de uma loja de motos no centro, relatou a TV Tem os momentos de tensão durante o temporal que levou parte da rua, da calçada e o muro de uma casa na rua Rio de Janeiro. Um buraco se abriu no local e “engoliu” seis motos da loja que estavam estacionadas na calçada.
“Eu tentei salvar carro, moto, mas a gente perde o controle. Chega uma hora que a gente não consegue. Eu caí, a moto me arrastou e quase fui junto para o bueiro. É desesperador”, conta Flávio Coelho.
Ontem (2), Flávio conseguiu recuperar algumas peças que foram parar em outras ruas depois de serem levadas pela enchente. As motos engolidas pelo buraco também foram recuperadas, mas o empresário ainda não sabe se vai conseguir consertá-las.
“Ainda não consegui nem dormir. Não deu para calcular nada de prejuízo ainda. Foram levadas peças de motor, peças novas, usadas, isso que é o mais difícil. Primeiro estou pensando nos clientes, em recuperar os motores, as motos, e depois a gente vê como fica o que sobrou.”
Flávio também contou que precisou ser resgatado pelos bombeiros para sair da loja na região central de Avaré. A corporação usou uma corda para retirar Flávio e um outro homem de perto do buraco em segurança.
Segundo levantamento preliminar das Secretarias de Agricultura e do Meio Ambiente, choveu aproximadamente 110 milímetros na cidade em 40 minutos, na terça-feira (1º).
Oito famílias foram atendidas pela Defesa Civil e duas pessoas ficaram desabrigadas, sendo encaminhadas para a Casa de Passagem.
Diante dos estragos, a Prefeitura de Avaré decretou estado de calamidade pública, que autoriza compras sem licitações e contratação de serviços assistenciais à população. Não houve registro de feridos.
Ontem, o prefeito Jo Silvestre (PSDB) republicou o decreto de calamidade sem o artigo das desapropriações (abaixo).
O que foi retirado do decreto de calamidade pública:
Art. 4º – Ficam autorizados, nos termos da legislação vigente, o início de processos de desapropriação, por utilidade pública, a requisição administrativa, servidão administrativa, ocupação temporária, dentre outras instituições administrativas que se julgarem necessárias, de propriedades particulares, para assegurar a contenção de enchentes nas áreas afetadas
(Fontes: Videos Murilo, foto e informações Voz do Vale e TV Tem)