Candidato a vice pelo PSD, o vereador Carlos Wagner, apesar de ter votado contra a contratação de assessores na época do então presidente Flávio Zandoná (Republicanos), empregou o filho do presidente de seu partido, Kauan Vieira Aires, que também responde pela Editora O Regional.

Embora seja legal a contratação, questionado sobre se isso “seria fazer diferente”, o candidato Denilson Ziroldo disse não haver problemas se “a pessoa é preparada e competente para estar na função, não vejo nenhum problema, assim como eu não vejo problema em filho de membros da imprensa estar atuando no executivo ou no legislativo. Se a pessoa é capaz e sua contratação está dentro da lei, é isso que importa, temos que dar empregos a pessoas capacitadas e prioridade ao primeiro emprego, mas sou contra nepotismo”, frisou.

A atitude do vice, assim como de todos os vereadores de oposição na época, não condiz com o que ele mesmo condenou, votando contra as contratações junto com a bancada oposicionista na época em que Flávio Zandoná aumentou desproporcionalmente os gastos com comissionados e estagiários contratados de forma irregular; todos foram demitidos felizmente após a mesa opositora tomar a presidência.

Contudo, a mudança de postura dos edis, contratando assessores mesmo tendo votado contra o projeto, já havia causado insatisfação por parte dos leitores. Muitos eleitores consideram isso uma total incoerência.

Para piorar a situação, quando assumiu a presidência do Legislativo, Carlos Wagner, tentou intimidar a jornalista Cida Koch, do in Foco (pelos questionamentos feitos) postando em grupo de whatsapp e mensagens pessoais, uma grave ofensa, veiculando uma carta que havia sido escrita pelo prefeito cassado Joselyr Silvestre, no começo dos anos 2000, na qual chamou a jornalista de “prostituta e sapatona” – uma postagem totalmente descabida, ofensiva, humilhante e completamente fora de contexto, já que a jornalista não tem qualquer relação alguma com problemas do então presidente frente à Câmara,

O comportamento machista e agressivo se transformou em inquérito; infelizmente tanto a delegacia Seccional, quanto o promotor consideraram apenas o crime de injúria, entre outros atribuídos a ele pela jornalista que foi humilhada. Mesmo assim, o inquérito seguirá os trâmites legais.