A vereadora Maria Isabel Dadário (PSL) não pode participar da sessão de ontem do Legislativo. O motivo é que a vereadora, que não se vacinou, apresentou uma declaração na qual o médico Olavo Ferreira Filho desaconselha que ela tome qualquer tipo de vacina já que apresentou tendência a doença autoimune (fan positivo).
Contudo, a Mesa Diretora da Câmara já havia publicado decreto proibindo a entrada de pessoas que não apresentarem o comprovante de vacina contra a Covid-19 – incluindo funcionários públicos e vereadores, que não apresentarem a carteira de vacinação na recepção do prédio.
A Mesa Diretora não teria aceitado a declaração por ela não conter o CID, a Classificação Internacional de Doenças (CID), a relação de doenças identificadas por meio de códigos, organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Vereadores da oposição saíram em defesa da colega e Marcelo Ortega (Podemos) chegou a chamar a atitude de “perseguição covarde”, já que a vereadora também é relatora da CP que o investiga por suposto decoro parlamentar.
O presidente Flávio Zandoná (Cidadania) desmentiu a argumentação, afirmando que o decreto é para a segurança de todos e citou o exemplo do próprio prefeito Jô Silvestre e da secretária Sandra Theodoro (Indústria e Comércio) que não entrar na solenidade de domingo (entrega de titulo a Rodivaldo Ripoli) até que comprovassem a imunização.
Independente disso, especialistas ouvidos pelo in Foco recomendam que a vereadora se afaste para tratamento e sugerem que seu suplente assuma sua cadeira até que ela tenha finalizado o tratamento de saúde, para segurança dela e de todos.
Segundo o artigo 33 da Lei Municipal nº 2.246/17, o atestado juntamente com a Guia de Encaminhamento Médico (GEM) devem ser entregues no DESS, no prazo de 2 dias úteis da emissão do atestado, pelo próprio servidor, ou por pessoa formalmente autorizada ou pela chefia imediata, o qual se responsabilizará pelo prazo da entrega e agendamento da perícia.
O que é FAN positivo?
O fator antinúcleo (FAN), ou anticorpos antinúcleo (ANA), é um exame utilizado como rasteio para presença de autoanticorpos nos casos de suspeita de doenças autoimunes.
Portadores de doenças autoimunes precisam tomar certos cuidados com vacinas e outras substâncias por conta dos medicamentos utilizados no tratamento da condição. Porém, a imunização à Covid-19 é indispensável justamente porque essas pessoas têm maior chance de desenvolver a doença já que sua imunidade está alterada.
