Ainda não terminou a sindicância aberta pela prefeitura de Avaré em maio deste ano para apurar a falta de medicamentos– situação que continua frequente.
Procurado pela reportagem do in Foco sobre o motivo pelo qual o problema persiste, o secretário de Administração Ronaldo Guardiano disse que “a assessoria e equipe do Secretário (de Saúde) que não fizeram a lição de casa”.
“Na maioria das vezes os Secretários delegam as suas equipe que deixam de fazer o planejamento e os procedimentos corretos para realização das compras no seu devido tempo, isso acabam atrasando as entregas pelos fornecedores, principalmente nesse momento que há uma falta de medicamento no cenário nacional; cabe aos senhores Secretários cobrar e fiscalizar as pessoas responsáveis pelas aquisições de produtos e serviços”, enfatizou.
Vários medicamentos tidos como ‘básicos’ continuam em falta. Em meio a essa caótica situação, alguns servidores ligados a saúde questionaram supostas irregularidades no contrato assinado em 7 de abril com a empresa é a Alfa & Omega Comércio e Serviços Eireli de Osasco – como já divulgado pelo in Foco.
Neste contrato, cada comprimido do medicamento Clonidina tem o custo de 15 reais, quando pode ser encontrado por 0,25 a 0,35, por exemplo. Outro medicamento que chamou a atenção dos denunciantes foi Levomepromazina 40mg/ml, que normalmente custa cerca de 15 reais e no contrato consta como 50 reais a unidade.
Em outra reportagem, o in Foco publicou a compra feita com dispensa de licitação no valor de R$ 569.186,55 para essa empresa, cujo contrato é válido por dois meses e direcionado ao fornecimento de medicamentos do Pronto Socorro Municipal.
Só que entre novembro e dezembro do ano passado, a mesma empresa fechou contratos de mais de 800 mil reais – grande parte referente a aquisição de medicamentos. Numa recente audiência da Saúde, o secretário Roslindo Machado chegou a comentar o assunto afirmando que o problema estaria no departamento de compras do município – o que teria motivado a abertura de sindicância.