
A redação do in Foco recebeu essa semana a denúncia de um munícipe indignado com a construção do que ele chamou de ‘paredão’ dentro no Paço Municipal de Avaré, um dos prédios históricos da cidade e que já abrigou até mesmo a Câmara Municipal.
A suposta parede teria sido erguida, em tese, em frente a escada que leva ao pavimento superior, onde o chefe do Executivo trabalha.
Nesta terça, 15, um perfil identificado como Jornal Cidade, fez uma postagem com a foto da obra, marcando o jornal e alguns vereadores, confirmando a existência do tal ‘paredão’, cuja foto parece não ser montagem. O perfil ainda afirma que três seguranças teriam sido colocados para “impedir a entrada”.
Segundo apurou a reportagem do in Foco, o Paço Municipal (que em novembro completa 75 anos de inauguração), foi tombado pelo governo de Rogélio Barchetti, através do primeiro decreto de tombamento de edifícios municipais, em 2009. Contudo, o tombamento teria sido revogado pelo prefeito Paulo Dias Novaes Filho.
De qualquer forma, o prédio é histórico e um dos últimos a manter a arquitetura original, embora internamente esse ‘paredão’ o tenha descaracterizado.
De acordo com uma publicação feita no próprio semanário oficial do município anos atrás, o Paço Municipal teve sua construção principiada no fim da gestão do prefeito Diamantino Monteiro da Gama, em 1945, quando a execução da obra foi assumida pela empresa do engenheiro Félix Fagundes e do construtor Henrique Volpi.
“Os prefeitos seguintes – João Telles de Menezes e Romeu Bretas – deram andamento às obras. Coube ao advogado Antônio Ferreira Inocêncio – o Doutor Antoninho, primeiro prefeito eleito após a ditadura Vargas, a conclusão dos serviços. Ele ajardinou e arborizou a área fronteiriça do prédio, hoje denominada como Praça Juca Novaes. O projeto arquitetônico do Paço de Avaré é similar ao do prédio do antigo fórum de Presidente Prudente, conforme planta padrão adotada na época pela Secretaria de Obras e Viação do Estado”, diz um trecho da matéria.
O in Foco questionará o motivo dessa suposta ‘obra’ ou se é uma ‘fake news’ junto com governo.