Com apenas 23 anos, a jovem Laura Santos de Avaré, tem passado momentos difíceis. Diagnosticada com esclerose múltipla (EM), uma doença auto imune degenerativa, ano passado, a estudante vem emocionado nas redes sociais com vídeos de sua história e sua luta por medicamentos de alto custo.

A medicação foi negada pela operadora de saúde e custa cerca de 2 mil reais por mês. A família judicializou a questão, mas enquanto o Judiciário não decide, Laura tem feito uma vaquinha solidária para conseguir o medicamento que pode ajuda-la a atenuar os efeitos da doença.

“Estou iniciando uma campanha para arrecadar fundos para a compra do meu medicamento Fampyra que é essencial para o tratamento mensal da Esclerose Múltipla. Cada contribuição faz a diferença na minha vida pois estou lutando contra essa condição. Se você puder ajudar, faça sua doação através do Pix. Sua generosidade pode trazer esperança para eu não desistir. Agradeço imensamente por sua colaboração! A chave pix está abaixo.

ProjetoEMacao.2024@outlook.com

Laura caminha com dificuldade e mostra alguns momentos de sua rotina no instagram do seu projeto EM AÇÃO 2024, um sonho que a jovem pretende realizar este mês, precisamente dia 29. O projeto é um evento que reunirá profissionais para falar sobre a doença e a conscientização (e inclusão) sobre a EM. Entre as palestrantes está a fisioterapeuta Giuliana Ferrero, especializada em Fisioterapia Neurofuncional, mestre em Ciências da Atividade Física, diretora Clínica da Balance Fisioterapia e fundadora da maior comunidade de exercícios físicos para Pacientes de Esclerose Múltipla, o EMovimento.

O evento, que é totalmente gratuito e aberto ao público, será no Instituto Federal de Avaré às 19hs. Veja abaixo a programação completa.

O que é a EM?

Trata-se de uma doença neurológica desmielinizante autoimune crônica provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina que revestem os neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central.

Alguns locais no sistema nervoso podem ser alvo preferencial da desmielinização característica da doença, o que explica os sintomas mais frequentes: o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal.

A prevalência e incidência de EM no mundo variam de acordo com a geografia e etnia, com taxas de prevalência variando de 2 por 100.000 na Ásia e mais de 100 por 100.000 na Europa e América do Norte.

No Brasil, estima-se que existam 40.000 casos da doença, uma prevalência média de 15 casos por 100.000 habitantes, conforme a última atualização da Federação Internacional de Esclerose Múltipla e Organização Mundial da Saúde publicadas em 2013. O número estimado de pessoas com Esclerose Múltipla no mundo aumentou de 2,1 milhões em 2008 para 2,3 milhões em 2013.

A doença atinge geralmente entre pessoas jovens em média entre 20 e 40 anos de idade, predominando entre as mulheres.

As causas envolvem predisposição genética (com alguns genes já identificados que regulam o sistema imunológico) e combinação com fatores ambientais, que funcionam como “gatilhos”:

  • infecções virais (vírus Epstein-Barr)
  • exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D prolongadamente
  • exposição ao tabagismo
  • obesidade
  • exposição a solventes orgânicos

estes fatores ambientais são considerados na fase da adolescência, um período de maior vulnerabilidade.

Nos portadores de esclerose múltipla as células imunológicas invertem seu papel: ao invés de protegerem o sistema de defesa do indivíduo, passam a agredi-lo, produzindo inflamações. As inflamações afetam particularmente a bainha de mielina – uma capa protetora que reveste os prolongamentos dos neurônios, denominados axônios, responsáveis por conduzir os impulsos elétricos do sistema nervoso central para o corpo e vice-versa.

 

(Fonte Albert Einsten)