Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocuparam a fazenda Globo Suinã, localizada no distrito de Domélia, em Agudos, no interior de SP. Segundo o MST, a área é improdutiva e pública, o que o proprietário nega. Uma empresa do setor de energia e alimentos é dona do local.

De acordo com o MST, a terra foi tomada na segunda-feira (15) por cerca de 300 famílias em uma ação que faz parte da Jornada Nacional em Defesa da Reforma Agrária.

Ainda segundo o movimento, a área, de aproximadamente 850 hectares, faz parte do Núcleo Colonial Monções e estaria ilegalmente arrendada para a Usina Zilor Lorenzetti, que tem sede em Lençóis Paulista (SP). O MST reivindica que as terras, que considera públicas, sejam destinadas para as famílias acampadas na região.

O terreno também é reivindicado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como sendo de sua propriedade.

 

O que diz o outro lado?

Em nota, a Empresa Zilor Energia e Alimentos informou que o local ocupado é uma propriedade particular, sendo aproximadamente 63% da área legalmente arrendada para o cultivo de cana-de-açúcar.

Ainda de acordo com a Zilor, a área é produtiva e não foi arrendada pela União para empresa, portanto, não são terras públicas destinadas para a formação de assentamentos.

 

PM acompanhou a ação

Durante a ocupação, a Polícia Militar de São Paulo informou que esteve no local para acompanhar a ação em uma fazenda arrendada que atualmente cultiva cana de açúcar.

A corporação afirma que identificou a presença de aproximadamente 150 pessoas, integrantes do MST, já instalados na sede da propriedade.

Ainda segundo a PM, o caseiro, que se encontrava no local no momento da invasão, não se feriu. “O proprietário foi orientado sobre a necessidade do registro dos fatos na polícia judiciária e demais medidas legais cabíveis”, diz nota da PM.

fonte g1 | Foto: Matheus Faustino Constante/MST/Divulgação