O monsenhor Edmilson José Zanin de Águas de Santa Barbara usou suas redes sociais para lamentar a morte da artista Nilva Calixto, ocorrida na sexta-feira, dia 10. Nilva e o marido moravam há anos no município, onde pintou inclusive a igreja matriz da cidade.
“(Ela) foi sepultada sem velório na terra e numa cova da prefeitura no cemitério municipal de Águas de Santa Bárbara. Muito triste… pela pessoa que era mereceria ser homenageada ao menos com algumas horas de velório”, desabafou o monsenhor, descrevendo também a trajetória da artista.
Formada pela Faculdade de Belas-Artes de São Paulo (anos 70), com cursos de restauração e recuperação de obras artísticas em Florença e Nova Iorque, Nilva restaurou obras de Renoir, Van Gogh, Portinari e Volpi, além de ter sido a primeira mulher, a “morar” no claustro do Mosteiro de São Bento, (São Paulo) onde restaurou as obras da capela abacial. Dirigiu a recuperação do Teatro Municipal de São Paulo e também de igrejas históricas de Itu e Itatiba. Realizou as pinturas artísticas na Igreja Matriz de Águas de Santa Bárbara. Em Avaré restaurou altares do Santuário de Nossa Senhora das Dores. Voltou a fazer restauros no Mosteiro de São Bento, trabalho que se iniciou para a visita do papa Bento XVI.
“Que o bom Deus lhe conceda o repouso eterno e que a luz perpétua a ilumine. Descanse em paz querida NILVA CALIXTO”, finalizou o sacerdote.
Nilva estava internada na Santa Casa de Avaré. Nenhum luto foi decretado nem em Avaré, nem em Águas de Santa Bárbara.