Morreu essa semana o menino A.B.A.S., de apenas dois anos, vítima de abuso sexual e tortura em Itaí. Internado há mais de dois meses, o pequeno que iria completar três aninhos em setembro, faleceu dia 9, em decorrência da extrema violência que sofreu. Sua morte causou extrema comoção da cidade, já que o caso foi de extrema crueldade.

No dia 19 de abril, o autor do bárbaro crime, padrasto do menino foi condenado a 42 anos de prisão por estupro e tortura contra seus dois enteados – a mãe foi condenada a 11 anos por omissão. Contudo, segundo relatos de moradores revoltados com o crime, ela estaria solta.

O padrasto foi preso em outubro de 2024, após ser suspeito de abusar sexualmente do enteado, de dois anos, e de maltratar outro enteado, de três anos. O jovem, de 22 anos, vivia com a mãe das crianças.

Na época, o juiz responsável destacou, na sentença, a gravidade das condutas e a necessidade de resposta penal proporcional à brutalidade dos crimes.

A Polícia Civil começou a investigação depois que da mãe ter levado o filho de dois anos ao hospital de Itaí, após ele se queixar de fortes dores abdominais. Exames médicos revelaram lesões graves, levando à internação da criança e, em seguida, a uma transferência para o hospital da Unesp de Botucatu.

O segundo filho, de três anos, também foi atendido no hospital com sinais de agressão. As lesões em ambos os meninos levantaram suspeitas de abuso sexual, tortura e maus-tratos, desencadeando a ação policial.

Conforme o depoimento da mãe à polícia, o padrasto das crianças ficava responsável por elas em algumas ocasiões. Embora um dos meninos tenha negado as agressões, a mãe relatou ter percebido que os filhos apresentavam medo na presença do companheiro.

Além disso, o Conselho Tutelar já havia visitado a família após denúncias de que as crianças eram deixadas sozinhas.

O caso chocou a comunidade local pela extrema violência e crueldade. As investigações e a posterior instrução processual comprovaram que o padrasto submetia as crianças a intenso sofrimento físico e mental, chegando a violentar sexualmente uma delas. Esse fato causou graves lesões, exigindo internação hospitalar e intervenção cirúrgica. A mãe, por sua vez, apesar de ter o dever legal de proteção e mesmo diante de sinais claros de abuso, mostrou-se omissa, confirmou o Ministério Público.