O Ministério Público de Avaré vai abrir inquérito para investigar denúncia feita pelo influencer Paulo Proença, relacionada a compras de medicamentos com suspeita de superfaturamento. A informação foi confirmada ao próprio influencer pelo oficial da promotoria Edson Campos.
Na denúncia, Proença relata que em março de 2022 havia sido feito um orçamento pela secretaria de saúde; nele haveria dois medicamentos que na cotação tinha preços bem abaixo de uma compra mais recente, realizada em maio também deste ano.
“ O medicamento CLONIDINA foi cotado em março de 2022 no valor unitário de R$0,23 na cotação, foram 800 unidades somando o valor total de R$184,00 (Cento e Oitenta e Quatro Reais) o mesmo produto foi cotado pelo setor de compras da prefeitura no valor unitário de R$15,59 (Quinze Reais e Cinquenta e Nove Centavos), sendo a quanto de 800 unidades dando a somatória de R$12.472,00 (Doze Mil Quatrocentos e Setenta e Dois Reais) obtendo uma diferença de cotações de R$12.288,00 (Doze Mil Duzentos e Oitenta e Oito Reais). O outro medicamento é o LEVOMEPROMAZINA frasco de 20ml que na cotação de março saía por R$13,90 (Treze Reais e Noventa Centavos)sendo 10 uni somando o total de R$139,00 (Cento e Trinta e Nove Reais) na compra realizada em maio foi pago R$49,99 (Quarenta e Nove Reais e Noventa e Nove Centavos) a unidade, foi comprado 10 frascos no valor total de R$499,90 (Quatrocentos e Noventa e Nove Reais e Noventa Centavos), com a diferença de uma cotação para outra de R$360,90 (Trezentos e Sessenta Reais e Noventa Centavos). Muitos outros produtos tem grande diferença de valores, podem ser comparados nas notas e orçamento anexa a essa denúncia”, diz um trecho da denúncia.
“ A cotação que era feita pela secretaria de saúde está datada de 18 de março de 2022, as outras cotações foram feitas pelo setor de compras da prefeitura e está datada no mês de março de 2022 e as notas fiscais são de maio de 2022. Solicito a esse órgão a fiscalização, levando em conta que está correndo licitações para novas compras de medicamentos, não queremos compras superfaturadas”, enfatiza Proença.
O in Foco acompanhará a investigação.