A primavera é conhecida como uma estação de transição entre o inverno e o verão, por isso as temperaturas podem subir ou descer nessa época do ano. Entretanto, moradores de grande parte do país têm enfrentado um frio bastante incomum para a época.
Hoje, 4, Avaré pode registrar mínima de 8ºC e para o final de semana, as temperaturas podem chegar a 11 e 10ºC. Em várias cidades, as temperaturas baixas bateram recorde para o mês.
Durante o feriado de Finados, na última quarta-feira, a cidade de São Paulo registrou mínima de 15,4ºC, a menor para novembro desde 1999. No Rio de Janeiro, a máxima foi de 20,9°C naquele mesmo dia, a menor em 15 anos.
“Diferente das ondas de frio desta época do ano que costumam ser mais costeiras, esta frente fria veio de forma bem continental, perdendo pouca força, por isso acabou congelando boa parte do Brasil”, diz Maria Clara Sassaki, meteorologista da Climatempo.
“Isso também aconteceu porque estamos com a La Niña. No mês de outubro, o fenômeno atingiu o ápice de temperatura mais baixa. Outras circulações de ventos na atmosfera também contribuíram para que essa massa de ar polar viesse do Polo Sul do Brasil sem perder muita intensidade no meio do caminho”, acrescenta.
Quando o frio acaba?
Segundo a meteorologista, a onda de frio deve de dissipar nos próximos dias. “Cidades que registraram recordes de frio nesta semana já não devem registrar novamente nos próximos dias. Na região Sul, áreas de geadas que atingiram, inclusive, partes do Paraná, já não devem ser mais tão amplas, ficando mais restritas às áreas da serra gaúcha e serra catarinense, onde são mais comuns”, afirma.
O tempo deve melhorar a partir de domingo, 6, especialmente na região Centro-Oeste. A temperatura vai subindo gradativamente e não há previsão de chuvas para os próximos dias.
Embora seja esperada uma nova queda nas temperaturas a partir de quinta-feira, 10, não há previsão de nova frente fria tão intensa quanto a atual. “Os fenômenos que foram favoráveis para esta frente fria, em especial, já estão voltando aos padrões de normalidade. A tendência é que as ondas de frio aconteçam ainda, mas não com a mesma intensidade”, detalha a especialista.
