A secretária de cultura de Avaré Isabel Cardoso enviou ofício ao in Foco solicitando “direito de resposta” com relação a matéria veiculada essa semana, sobre o fato de a Fampop (Feira Avareense de Música Popular) ter sido transformada em “mostra”.

O pedido causa estranheza já que a matéria foi completamente baseada em nota do próprio governo, através da Secom (Secretaria de Comunicação) e não sequer cita o nome da dita secretária.

No ofício ela afirma que é desinformação “comparar” Fampop e Emapa, o que também não procede já que em momento algum houve comparação; apenas a informação complementar dos shows da exposição que haviam sido anunciados na data da publicação, coincidentemente.

Cardoso ainda diz que é “simplória” a conotação de festival já que a sigla -Fampop- se refere à feira e num texto cansativo, fala sobre o uso dos recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) – citados na matéria inclusive – e ainda insinua que a matéria teria questionado a idoneidade da Rádio Avaré, numa clara alusão de que a secretária sequer compreende um texto jornalístico.

Ela diz sempre estar à disposição, cita troféus entregues em eventos sem mencionar custos e corrige a matéria veiculada, lembrando que o festival completa 41 anos e não 42, como veiculado pela Secom para que a “informação não seja maltratada”.

Nota da Redação

Alguns esclarecimentos pertinentes

  1. A matéria veiculada foi baseada no próprio release da Secom como comprovam os prints abaixo; a secretária não foi citada e não houve críticas. Portanto, não há direito de resposta, nem de defesa.
  2. Também não houve comparação de eventos, apenas a citação dos shows da Emapa como já dito acima e caso houvesse comparações, as quais são pertinentes já que todos eventos utilizam DINHEIRO PÚBLICO, isso também não daria direito de resposta, a não ser que a dita secretária fosse responsabilizada por isso ou ofendida.
  3. Em momento algum foi questionada a idoneidade, a tradição, seriedade ou ainda a longeva história que a Rádio Avaré tem no município e com a sociedade, que como supra citado, foi contemplado com o projeto “Tributo a Fampop” conforme edital. É só uma tentativa frustrada de criar um conflito inócuo.
  4. Claramente a secretária quer restringir e polemizar a veiculação de informações, distorcendo seu entendimento e ainda tentando criar conflito que não existe entre órgãos de imprensa.
  5. Ao invés da secretária tentar dar aulas de jornalismo, área na qual não atua hoje felizmente, poderia concentrar-se em seu trabalho e quem sabe, em ética, já que ocupou o cargo após mudar seu posicionamento político, pois anteriormente era ferrenha crítica e opositora de Jô Silvestre. Lamentável que este fato ainda incomode a secretária.
  6. Chega a ser um insulto, a secretária falar em fomentar a cultura citando reformas de prédios, inclusive do teatro, o qual ignorou completamente.
  7. A secretária usa de argumentos pessoais numa retórica que beira a insanidade, já que não há relação alguma com o contexto e claro; antes de comentar qualquer gasto, deve citar os valores, pois tudo é pago com DINHEIRO DO CONTRIBUINTE
  8. Espanta saber que uma secretária da Cultura não saiba que a feira é chamada também de festival pelos organizadores, porque um dos objetivos do evento era justamente a competição em busca da qualidade e do aprimoramento tão peculiar da MPB; aliás um dos fundadores escolheu “feira”, numa referência a abrangência de eventos paralelos do festival, caso a secretária não saiba.
  9. Para que não haja mais constrangimento, peça a Secom que corrija os textos (isso só prova o quão a matéria seguiu o email da Comunicação).
  10. Link da matéria veiculada e o email da Secom.

https://jornalinfoco.com.br/fampop-deixa-de-ser-festival-para-ser-mostra/

 

 

Ofício da secretária