Uma sindicância vai apurar a falta de medicamentos em Avaré – situação que tem sido frequentemente reclamada pela população. Nem medicamentos mais populares como Losartana, usado para hipertensão arterial ou Venaflon para problemas vasculares são encontrados nas unidades de saúde.
A notícia da sindicância já havia sido anunciada pelo influencer Paulo Proença e foi confirmada pelo secretário de Adminstração Ronaldo Guardiano. “A Secretaria de Administração instaurou a Sindicância e enviou para a Procuradoria realizar as oitivas dos envolvidos, terminando os procedimentos o processo é devolvido para a Administração com a conclusão”, explicou o secretário à reportagem do in Foco. Contudo, a conclusão da investigação depende da Promotoria.
No final da semana, alguns lotes de medicamentos teriam chegado para abastecer no pronto Socorro, mas ainda faltam remédios.
Em meio a essa caótica situação, alguns servidores ligados a saúde questionam supostas irregularidades no contrato assinado em 7 de abril com a empresa é a Alfa & Omega Comércio e Serviços Eireli de Osasco. Neste contrato, cada comprimido do medicamento Clonidina tem o custo de 15 reais, quando pode ser encontrado por 0,25 a 0,35, por exemplo. Outro medicamento que chamou a atenção dos denunciantes foi Levomepromazina 40mg/ml, que normalmente custa cerca de 15 reais e no contrato consta como 50 reais a unidade.
Recentemente o in Foco publicou a compra feita com dispensa de licitação no valor de R$ 569.186,55 para essa empresa, cujo contrato é válido por dois meses e direcionado ao fornecimento de medicamentos do Pronto Socorro Municipal.
Só que entre novembro e dezembro do ano passado, a mesma empresa fechou contratos de mais de 800 mil reais – grande parte referente a aquisição de medicamentos. Numa recente audiência da Saúde, o secretário Roslindo Machado chegou a comentar o assunto afirmando que o problema estaria no departamento de compras do município – o que teria motivado a abertura de sindicância.