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A secretaria municipal de Saúde de Avaré descartou hoje qualquer suspeita da varíola dos macacos na cidade. A informação veio através da pasta da Comunicação diante de boatos sobre a doença.

Ontem, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica sobre a doença com orientações a respeito da doença para profissionais da saúde e mulheres gestantes, lactantes e puérperas. Entre as recomendações, está a manutenção do uso de máscaras, em especial, em ambientes com pessoas potencialmente contaminadas, e o uso de preservativos em todos os tipos relações sexuais.

O documento também orienta para que os indivíduos estejam em alerta se a parceira sexual apresenta alguma lesão na área genital. Nesses casos, é recomendado que não haja contato entre o casal. Segundo o Ministério da Saúde, tais observações são necessárias porque a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente no atual surto de varíola do macaco.

Além disso, a nota técnica afirma que gestantes, lactantes e puérperas devem se manter afastadas de pessoas com sintomas suspeitos da doença, como febre e lesões na pele.

Apesar de as gestantes apresentarem quadro clínico similar ao resto da população, o Ministério da Saúde informa que elas podem ter uma forma mais grave da doença. Por esse motivo, são consideradas pelo governo como grupo de risco e são prioridade para o diagnóstico laboratorial do vírus. Atualmente, além das gestantes, o ministério indica outros dois grupos de risco: crianças de até 8 anos e imunossuprimidos.

Tratamento

De acordo com a nota técnica, uma vez que os estudos sobre varíola dos macacos e grávidas ainda são escassos, as atuais orientações do Ministério da Saúde se baseiam na experiência anterior de gestantes que tiveram a forma humana da varíola, erradicada no Brasil na década de 1980.

O documento também orienta que, apesar da varíola do macaco ser uma doença autolimitada, ou seja, que geralmente apresenta cura espontânea, podem ocorrer casos, em especial, para pessoas imunossuprimidas, em que é necessário tratar com medicamentos específicos.

Apesar de não haver protocolo de tratamento específico com antivirais no ciclo gravídico-puerperal, o Ministério da Saúde orienta como profissionais de saúde devem atuar: em casos em que a gestante assintomática foi exposta ao vírus, mas testou negativo, o monitoramento da paciente pode ser suspenso. Caso ela teste positivo, é recomendado isolamento domiciliar sem visitas durante 21 dias. O mesmo é indicado para aquelas que negativam o exame, mas apresentam sintomas. Nesse caso, é necessário refazer o teste caso os sintomas persistam.

Já quando confirmada a doença, a nota técnica orienta que sejam tomadas medidas de acordo com a gravidade da infecção. Em quadros leves, por exemplo, uma equipe assistencial deve acompanhar a gestante durante a quarentena. Nos quadros de maior gravidade, a internação em uma unidade de saúde é recomendada pelo Ministério da Saúde.

Até o momento, o Brasil registra mais de 1,3 mil casos da doença.

 

(Fonte Ministério da Saúde, Correio Braziliense e Secom)