O vereador Everton Machado (PL), filho do secretário de Saúde local, Roslindo Machado, disse ontem, 17, na tribuna do legislativo, que a matéria veiculada pelo in Foco sobre a falta de medicamento para epilepsia era fake news.

Isso porque, segundo edil, a matéria teria sido veiculada no mesmo dia em que a munícipe Katia Kruliski teria pego o medicamento. Contudo, o vereador está totalmente equivocado já que a reportagem foi veiculada dia 12 de março e enviada no mesmo dia à Secom de Avaré e a munícipe teria retirado o remédio dia 13.

Exaltado, o edil criticou jornais que “se dizem imparcial (…); todo dia estão descendo a lenha no governo com cobranças infundadas absurdas” e ainda disse esperar que o jornal se retratasse, assim como a nota enviada pela secretaria de Saúde.

O vereador disse que a reclamante é parente de um ex-candidato que perdeu as eleições.  Ainda equivocado, o edil ressaltou que “leitores deste jornal que comentaram, eles apagam e não aceitam e são sem educação (…) se mostram a verdade eles não aceitam”, sem citar nomes ou especificar a situação.

Ele ainda falou sobre críticas ao Pronto Socorro, pedindo que a população sempre cite os nomes dos médicos envolvidos.

Entenda o caso

No dia 12, a avareense Katia Kruliski fez uma postagem registrando sua indignação com a saúde de Avaré pelo fato de não haver sequer previsão dos medicamentos que ela utiliza para epilepsia – remédios os quais ela já teria direito via judicial.

A denúncia foi retratada pelo in Foco e enviada já na quinta-feira, mas apenas ontem, dia 17, houve retorno através da secretaria de Comunicação. Segundo a nota, a municipe já teria recebido o medicamento no dia seguinte e a pasta, pedia por isso, a retratação do jornal.

A municipe já havia entrado em contato com a reportagem na sexta-feira, relatando que seu marido havia recebido uma ligação da Saúde, dizendo que “havia uma doação” para ela. “ Quando buscar tinha sim uma caixa com 30 comprimidos que dá pra uma semana. A moça que entregou não soube responder quem doou, pois o trabalho dela é somente entregar. Mas é uma caixa do Sus, ou seja não foi comprada em farmácia. Ela explicou que estão procurando em cidades vizinhas pra ver se tem sobrando pra doar”, disse Kátia, complementando: “Vou continuar com o processo pois é muito importante que não aconteça novamente e que eles entreguem pontualmente o remédio. Não só meu, mas dos demais que precisam. A hora que eles entregarem tudo certinho, vou postar. Eu, como cidadã, acho importante falar o que é ruim e o que é bom também”.

NOTA DA REDAÇÃO

Não admitiremos nenhuma acusação infundada de fake news, já que combatemos veementemente isso.

Frisamos que NÃO SOMOS SEMANÁRIO DE GOVERNO ALGUM – para isso já há o órgão oficial. Não temos ligação política com ninguém, nem cargos comissionados.

Não há RETRATAÇÃO porque não houve nenhum equívoco e também não apagamos nenhum comentário, como o vereador afirma.