Uma vereadora de Salto Grande (SP) denunciou nas redes sociais que foi ofendida pelo prefeito da cidade durante uma live realizada no início deste mês de março.
A parlamentar Monica Cury (MDB) fez uma postagem no Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, com trecho da live em que o prefeito Mário Rosa (PL) responde de forma debochada uma internauta durante a sua fala sobre um denúncia, feita pela vereadora, de obras no Rio Paranapanema que banha a cidade.
Sem citar nomes, o prefeito falava que iria contar para a população quem era a pessoa que fez a reclamação sobre as obras de abertura de um canal no rio em uma área de ranchos. Nesse momento, uma internauta escreveu “falta de sexo” e o prefeito concorda e responde: “Acho que falta sexo lá, tem que melhorar, porque não é possível uma pessoa ficar perturbando assim a administração municipal”.
Ao g1, a vereadora contou que fez uma queixa ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre ações da prefeitura que estariam prejudicando o Rio Paranapanema, entre elas o desmatamento do bambuzal no entorno do rio e a construção de plataformas.
Ainda na live, o prefeito cita outra denúncia em relação à Santa Casa da cidade também feita pela vereadora por meio de um requerimento encaminhado à presidência da Câmara de Salto Grande.
“Já tive de fazer várias representações contra ele, quando ofendida. Mas dessa vez, ele ofendeu um grupo – o das mulheres que, segundo ele, em seu tempo livre, tem de ‘fazer sexo’ no lugar de trabalhar com afinco na defesa do que acreditam”, afirma.
Procurado pela reportagem do g1, o prefeito disse que não iria se manifestar sobre o caso, mas que se trata de uma perseguição política da vereadora que faz oposição ao seu governo.
A vereadora compartilhou o trecho em suas redes sociais no Dia Internacional da Mulher como forma de protesto.
“Não somos objeto e espero que a repercussão desse fato grotesco incentive a discussão para aquilo que as mulheres realmente representam em nossa sociedade, como trabalhadoras, políticas, mães, irmãs.”
(Fonte Mariana Bonora e g1 )