Um balanço solicitado pelo in Foco a DDM-Delegacia de Defesa da Mulher de Avaré revelou que Avaré teve – em tese – queda no número de estupros e aumento de agressão.
O mesmo levantamento solicitado pelo in Foco ano passado, relativo a 2021, mostrou que a cidade tinha registrado média de 3 estupros por mês. Contudo o dado mais alarmante deste índice, é que a maioria se refere a estupro de vulnerável (menores de 14 anos). Foram 32 estupros no total em 2021; 25 de vulnerável.
O balanço referente a 2022, registra 10 estupros, sem especificar se são de vulneráveis ou não. Em 2021 foram 142 casos de lesões corporais e 169 ameaças. Em 2022, foram 166 casos de agressões físicas, mas o balanço não traz as informações sobre ameaças – apenas aponta 43 crimes contra a honra, o que demonstra aumento já que em 2021 foram 25 casos de injúria, calúnia e difamação.
O levantamento, contudo, novamente não inclui nenhum caso de feminicído, embora a jovem Allexandra Alves de Oliveira, de apenas 18 anos, tenha sido encontrada morta no dia 21 de outubro de 2022, em uma área de loteamento, próximo à Vila Jardim, em Avaré. E não é o único caso. Em setembro do ano passado, outra jovem, Jennifer Eduarda da Cruz Blimblem, também de 18 anos, foi encontrada de forma semelhante. Jennifer, de 18 anos, foi vista pela última vez no dia 24 de setembro de 2021 e seu corpo foi encontrado no dia 30 de setembro daquele ano, em avançado estado de decomposição, na área rural de Avaré.
Segundo a assessoria da Polícia Civil “ foi registrado como Morte Suspeita porque a autoridade policial que primeiro tomou conhecimento dos fatos (delegado do Plantão Policial), pelos elementos colhidos até aquele momento, circunstâncias da cena, etc., após análise sumária, mediante a convicção jurídica dele, assim o fez, acredito eu, para apurar melhor o caso em sede de inquérito policial. No decorrer da investigação, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), apurou que houve homicídio qualificado e estupro. Na estatística do mês do registro do BO o caso entrou como Morte Suspeita. Posteriormente, foi reclassificado para Homicídio Qualificado e Estupro. O caso foi contabilizado sim na estatística, naquele momento como morte suspeita, e, posteriormente, mediante reclassificação da natureza criminosa, como homicídio qualificado e estupro”.
Entretanto, não consta no levantamento feito pela PC nenhum caso de homicídio em nenhum dos anos anteriores.