Viralizou nas redes sociais uma postagem da internauta Tamires Neves de Lima Filadelfo, na qual relata complicações que teria tido num parto por suposta negligência médica e que teria provocado – segundo ela – um edema cerebral em seu bebê que está na UTI neonatal da Unesp em Botucatu. O caso aconteceu em Avaré, na Santa Casa local.
Tamires fez a postagem para pedir ajuda para “processar” os culpados e faz um longo relato do que passou em seu parto. No dia 31 de maio ela chegou a Santa Casa com muitas contrações, com a bolsa rompida por volta das 21h30. “Peguei (o plantão) da Dra. Lilian (Manguli), que me atendeu dizendo que estava com 2cm de dilatação e que não era a hora. Foi assim até a troca de turno até às 7hs da manhã”, afirma, ressaltando que seu parto seria por cesariana.
Na troca de turno, Tamires conta que o novo médico teria sido o “terror da sua vida”. “Eu não estava mais suportando, estava no meu limite e o Dr. Cândido Venezian entrou no quarto me dizendo que era muito patife, que já tinha tido 3 filhos normais e que não adiantava eu pedir que ia ser normal mesmo. Ele tentou virar minha filha com as mãos dentro de mim, até que um anjo chamado Dr. Dicley entrou no quarto e disse que já tinha que ter feito a cesárea . Foi quando Dr. Cândido me mandou para a sala de cirurgia às pressas, me chamando de patife, de mole, etc…”, conta .
A mãe relata que sua filhinha Emanuelly sofreu as conseqüências da demora no parto. “O resultado disso tudo é que minha menina está na UTI neonatal na Unesp em Botucatu com seqüela no cérebro correndo risco. Quero pedir encarecidamente como mãe da pequena Emanuelly para algum órgão competente me ajude a processar os culpados para que ninguém mais passe por isso”, finaliza Tamires.
O ginecologista Candido Venezian foi procurado pelo in Foco e negou que o parto tenha causado seqüelas na criança. “Recebi o plantão na terça feira as 7 da manhã com uma paciente multiparta ( vários filhos) em trabalho de parto, com bolsa rota durante a noite anterior, estava em franco trabalho e como é costume, é colocada no banho com ducha morna para amenizar as dores do parto e abreviar a duração do período de dilatação. Estava já com 4 cm, feto em apresentação cefálica ( cabeça pra baixo) varidade de posição posterior, a paciente estava não colaborativa , pedi desde sempre para se acalmar e não respondia quando conversava com ela”, relata o médico.
Segundo ele, a mãe queria fazer cesárea . “Ela dizia só que queria fazer cesárea porque não queria outros filhos, foi explicado que a cesárea não poderia ser feita com esse objetivo e que depois do parto ( após 6 meses) pode ser feito, não consegui convencer e ela em nenhum momento colaborou , solicitei várias vezes ao marido que estava ao seu lado que ajudasse , durante o trabalho de parto estivemos sempre ao lado dela ouvido os batimentos cardíacos, estão impressos e não houve qualquer alteração; quando já estava em final ficou muito descontrolada o que realmente nos levou a realizar o parto por cesárea já que não teríamos mesmo a colaboração dela; o feto nasceu com dificuldades para respirar, mas logo foi oxigenado, voltou ao normal e foi encaminhado respirando de forma espontânea para o berçário”, conta Venezian.
Pelo apurado, um boletim de ocorrência deve ser feito para apurar o fato. As fotos abaixo foram postadas pela própria mãe na rede social.