Por apenas um voto, o vereador Flávio Zandoná (Cidadania) foi absolvido do processo de cassação de seu mandato após acusação de homofobia.
A sessão que votou o relatório da CP (Comissão Processante) que pedia a cassação acabou ocorrendo anteontem (6), após uma liminar impetrada pela defesa do vereador suspendendo a sessão legislativa marcada para dia 1º.
A oposição seguiu o relatório e votou a favor da cassação (incluindo o suplente de Zandoná, Claudinei Borges); já os vereadores da situação – Roberto de Araújo, Magno Greguer, Lázaro Cardoso, Ana Paula Freitas votou contra, além de Moacir Lima que foi o voto decisivo. Como o in Foco já havia divulgado, eram necessários 9 votos para a aprovação do relatório.
A advogada de defesa, Vera Fernandes, criticou a mesa diretora pelo fato de ter entrado com mandado de segurança para alterar a data da sessão, entre outros pontos. “Casa de leis que não respeita as ditas leis”, frisou. Ela fez uma longa explanação, chegando a dar como exemplo, que chamar um homossexual de ‘bichinha’ não seria homofobia e reiterou trechos de depoimentos de testemunhas afirmando que o vereador não é homofóbico.
Toda investigação da Comissão Processante foi baseada em denúncia protocolada pelo munícipe Paulo Proença (José Paulo Santos de Oliveira), que acusa Zandoná por quebra de decoro parlamentar durante um pronunciamento feito na Palavra Livre, quando teria se referido ao denunciante como “gazela”.
Judicialmente, o vereador foi absolvido, segundo sentença do juiz Leonardo Labriola Ferreira Menino, da Comarca de Avaré.