O ministro da Saúde Marcelo Queiroga confirmou hoje o parecer do governo do Estado paulista e disse que o caso da menina que teve parada cardíaca não teve relação com a vacina. Ontem, ele e a ministra da Mulher, Famílias e Direitos Humanos, Damares Alves, estiveram em Botucatu, acompanhando o caso da menina que passou mal após ser vacinada.
Ambos foram diretamente para a Santa Casa Misericórdia Botucatuense, onde está a assistência pediátrica da rede privada de saúde. Tanto Queiroga quanto Damares conversaram com médicos, representantes do hospital e também com a família da menina de 10 anos, moradora de Lençóis Paulista.
A visita dos Ministros não constava em agendas oficiais e tampouco foi divulgada. O avião com a comitiva pousou no Aeroporto Tancredo Neves às 16 horas e de lá seguiu para a Unimed na Praça Isabel Arruda. Os Ministros não deram entrevistas e saíram do Hospital às 18h10. Um forte aparato policial acompanhava as equipes ministeriais.
Em nota (abaixo), o Ministério da Saúde reafirmou, nesta sexta-feira (21), que não há qualquer relação entre a aplicação da vacina e o caso da menina de 10 anos.
“O Ministério da Saúde foi notificado do caso e acompanhou a investigação conduzida pela Secretária de Saúde de São Paulo. O parecer conclusivo, já divulgado pelo estado, foi que não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado, portanto, o evento adverso pós-vacinação foi descartado.
A paciente tem uma pré-excitação no eletrocardiograma, característica da síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). Esta é uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia. A WPW é a mais comum causa de morte súbita por arritmia ventricular. A síndrome de Wolff-Parkinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família, levou a criança a ter uma crise de taquicardia, que resultou em instabilidade hemodinâmica.
A pasta destaca que a vacinação é segura e foi autorizada pela Anvisa. O Ministério da Saúde segue monitorando a ocorrência dos eventos adversos pós-vacinação, em parceria com as secretarias municipais e estaduais de saúde. Os registros de eventos adversos são notificados no Sistema e-SUS pelos profissionais de saúde da rede pública, incluindo erros de imunização.”
A ministra Damaris publicou comentário semelhante em sua rede social:
Fonte : Jornal Acontece Botucatu, Metropoles e Notícias Botucatu (foto)