Amigos e familiares da jovem Yandra Nitsche Prestes, 25, estão organizando uma manifestação pacífica pedindo por justiça no caso que chocou Avaré em fevereiro.
Yandra foi encontrada morta em sua casa pela própria mãe, dia 19 de fevereiro. Inicialmente havia a hipótese de suicídio, mas depois de algumas inconsistências o caso também deve ser investigado como suposto feminicídio.
A vítima vinha sofrendo em um relacionamento abusivo com L.D.B. e dois dias antes da morte, na madrugada do dia 17, registrou boletim de ocorrência por agressão, mas infelizmente o exame de corpo de delito só foi marcado para a segunda-feira, quando ela lamentavelmente foi encontrada morta.
O suposto companheiro teria apagado suas redes sociais e até o momento, não teria sido interrogado, apesar do BO.
No dia Internacional da Mulher, dia 8, uma prima da vítima, fez uma postagem com fotos da agressão que Yandra havia sofrido dois dias antes da morte.
Como já divulgado, o in Foco teve acesso ao laudo necroscópico (autorizado pela família) que aponta em tese, a causa da morte como asfixia por enforcamento. Em nenhum momento o laudo cita as marcas das agressões, cujas fotos também a reportagem teve acesso – fato que deixou a família da vítima totalmente chocada e revoltada.
A família contestou o laudo, considerando que as lesões são desapareceram antes da morte. O in Foco entrou em contato com o médico legista Poio Novaes, mas ele insistiu que o documento está correto e afirmou que não havia lesões, enfatizando que há fotos da necropsia, as quais a reportagem não teve acesso.
O laudo inócuo revoltou familiares e amigos que agora organizam uma manifestação nesta quarta, 13, a partir das 18h30 na Concha Acústica, como forma de sensibilizar as autoridades para gravidade do caso.