Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga suposto superfaturamento na compra de medicamentos destinados para o tratamento de pacientes com a Covid-19 em Avaré, voltaram a se reunir hoje pela manhã no plenário da Câmara Municipal.
Contudo, o que vem chamando a atenção é a falta de divulgação dos trabalhos realizados pela CPI. Membros da imprensa e, até mesmo vereadores, não tinham conhecimento de que oitivas estavam marcadas para ocorrer hoje. A falta de transparência da comissão já vem sendo questionado desde o início dos trabalhos.
Um dos ouvidos foi o servidor Juarez Marchetti, que foi ouvido por meio de vídeo conferência. Em seu depoimento, ele acabou admitindo um erro. “Eu admito que foi um erro, foi na hora do desespero que pedimos essa antecipação. Quando fazem a antecipação eles só enviam a nota de envio. Existe um processo de aquisição, mas se eu esperasse o prazo que a empresa tinha para fornecer ficaríamos com os estoques zerados. Meu erro foi não ter comunicados os auxiliares”.
O servidor afirmou que os medicamentos foram entregues e que a entrega foi acompanhada por funcionários da Prefeitura. Marchetti contrariou o depoimento da auxiliar de farmácia Drielly Pedroso e disse que a Fentanil foi entregue no Pronto Socorro Municipal.
Também foram ouvidas as auxiliares de farmácia Camila Panzarin, Regina Bispo e Drielly Pedroso, que foi ouvida novamente.
Os membros da CPI, Carla Flores (presidente), Ana Paula de Godoy (membro) e Roberto Araujo (relator) não divulgaram os próximos passos da comissão.
Vale lembrar que o caso está sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, criado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e que tem como função a prevenção e a repressão das atividades de organizações criminosas no Estado.
(Fonte Voz do Vale)