Aos 91 anos, Clint Eastwood ainda emociona
(2021, disponível na HBO Max)
Pra começar a falar no novo filme de Clint Eastwood é preciso dizer que ele merece ser visto no contexto da carreira desse grande ator e cineasta, uma lenda vida do cinema que aos 91 ainda produz, e é certamente isso que o mantém vivo e ainda nos encantando.
Em “Cry Macho: O Caminho para A Redenção”, o ator é Mike Milo, um ex-astro de rodeios que perde o posto e é chamado pelo patrão para uma missão: resgatar o filho que está no México em uma situação difícil e trazê-lo para os EUA. Durante essa trajetória conhecemos seu passado e os fantasmas que o perseguem.
Mike encontra o garoto que tem um galo de briga de estimação chamado Macho, e juntos saem numa jornada que traz lições de vida, transformações, redenção e um breve e belo romance na melhor idade que é pra ser saboreado a cada minuto.
As assinaturas de Clint estão todas ali: a sensibilidade, o cowboy solitário, a paisagem de western, a caminhonete cruzando o deserto, a reparação de algo do passado e principalmente o fascínio que esse senhor ainda nos traz. O título “Cry Macho” caberia em quase todas as obras de Clint, o homem sensível, emotivo, que de machão chauvinista nada tem.
Esse não é dos melhores filmes de Clint Eastwood se pensarmos em “Gran Torino”, “Sobre Meninos e Lobos”, “Sniper Americano”, “Os Imperdoáveis”, “Garota de Ouro”, “As Pontes de Madison” “Os Imperdoáveis” ( isso pra citar meus favoritos) ….
Mesmo sendo um filme mediano se comparado a toda filmografia memorável do ator/diretor, “Cry Macho” é acima da média do que se vê por aí, e acima de tudo por ser produzido e atuado por um senhor nonagenário ainda na ativa e com um vigor espantoso – o talento, meus caros, continua intacto.
O mito Clint Eastwood ainda vive, vida longa a ele!