O enfermeiro avareense Luciano Rossetto de Almeida reside na Alemanha há mais de 10 anos e relatou, a pedido do in Foco, como refugiados ucranianos estão sendo recebidos no país.
Segundo ele, os refugiados estão vindo através da Polônia e são bem recebidos na Alemanha, com comida, abrigo e todo tipo de assistência.
Nas estações de trens, famílias alemãs exibem cartazes de boas vindas aos refugiados; aqueles que tem crianças recebem ainda mais assistência e cuidados, como moradia e saúde; além disso, as escolas também estão se preparando para contratar professores que dominem o idioma ucraniano – incluindo o russo – justamente para receber as crianças ucranianas.
O Ministério do Trabalho alemão também está realizando um mapeamento para identificar déficits de mão de obra para oferecer cursos e empregos aos ucranianos.
Luciano destaca a grande mobilização da sociedade alemã que tem sido extremamente acolhedora com os refugiados.
Guerra continua – Vinte e seis dias após a invasão da Ucrânia pela Rússia, as negociações entre os dois países não evoluíram na construção de um cessar-fogo. Esta é a avaliação do professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Gustavo Menezes.
“Essas negociações não têm levado a progressos tangíveis na questão da solução política do conflito”, afirmou o professor.
Embora diversos países tenham imposto sanções ao país governado por Vladimir Putin, o presidente russo não deu sinais de que esteja próximo a desescalar.
“Toda essa questão dos efeitos econômicos pelas potências ocidentais, a Rússia considera que isso, pelo menos no curto prazo, seria um sacrífico, é algo que pode ser tolerado em nome da consecução desses interesses maiores de segurança da Rússia, que no caso é manter a Ucrânia fora da esfera de influência ocidental.”
Na quinta-feira (24), dia em que se completa um mês desde o início da guerra, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), realiza uma cúpula extraordinária em Bruxelas. O presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou que irá à Europa para o encontro.
“Acredito que a Otan deve manter essa política de não se envolver diretamente, no sentido de não enviar tropas de dentro dos seus países, tropas coletivas, para lutar no território ucraniano contra à Rússia”, avaliou Menezes sobre as expectativas para a reunião.
(fonte parcial CNN – foto acervo pessoal do entrevistado)