Anúncio

O jornalista Marcelo Ribeiro e seu advogado, Luiz Carlos Dalcim, protocolaram nesta sexta-feira, dia 18, pedido de abertura de inquérito para apurar denúncia de abuso de poder por parte da ex-vereadora e agora secretária Carla Flores (MDB).

O pedido se justifica depois que a justiça julgou improcedente ação dela contra Ribeiro  cuja finalidade era de retaliação, conforme destacou o juiz Jair Antônio Pena Júnior que deu a sentença mês passado.

Esse assédio judicial, ou seja, o uso de processos tem sido usado como “modus operandi” por agentes públicos em Avaré como forma de intimidação a jornalistas e a munícipes, como o in Foco registrou em reportagem recentemente.

Entre os casos, estão – além de Marcelo Ribeiro – o jornalista Wilson Ogunhe (que está sendo processado por Flávio Zandoná), o influencer Paulo Proença e a responsável pelo in Foco Cida Koch (processada pela diretoria do Legislativo Adria de Paula).

Marcelo Ribeiro chegou a ser demitido da emissora em que trabalhava por conta da pressão de agentes políticos e recebeu dois processos da ex-vereadora e agora secretária, sendo um na esfera civil e outro no criminal. Nas denúncias, Flores alegava que o radialista teria proferidos palavras como “joselete” e “maçaneta” e que isso teria difamado ela. Porém, tanto na esfera civil como na criminal, o judiciário avareense julgou as ações improcedentes.

“…Visto que é evidente a finalidade de retaliação e o intuito político da Querelante ao se valer da presente demanda penal, pois pretende intimidar a imprensa local, fazendo-a temerosa quanto ao exercício de seu mister – o que não se pode admitir”. Ainda para o juiz, a vereadora Carla Flores “deve sim explicações à população de todos os seus atos e omissões, podendo ter sua conduta funcional contestada, consoante determinam os princípios da legalidade, moralidade e publicidade”, destacou o juiz, frisando que as críticas foram proferidas ao agente político tem senso de humor. Para o magistrado, ficou demonstrado “ausente o dolo específico de injuriar ou difamar, não há que se falar em crime”.

Agora, Flores passa a ser ré num inquérito que deve apurar abuso de poder; o pedido também foi encaminhado ao Ministério Público. Caso haja condenação, ela corre risco de perder a função pública.