No dia 12, a avareense Katia Kruliski fez uma postagem registrando sua indignação com a saúde de Avaré pelo fato de não haver sequer previsão dos medicamentos que ela utiliza para epilepsia – remédios os quais ela já teria direito via judicial.

“Ou seja, já estão descumprindo a lei. Meus remédios são para EPILEPSIA, não podem faltar; eu tenho uma família que precisa que eu esteja bem, que eu esteja com saúde, pra poder levar meus filhos para escola, cuidar da minha casa, porém se eu não tiver os remédios, terei crises convulsivas. Como eu vou cuidar dos meus filhos passando mal? Como irei buscá-los na escola?”, questionou a municipe.

A denúncia foi retratada pelo in Foco e enviada já na quinta-feira, mas apenas hoje, dia 17, houve retorno através da secretaria de Comunicação. Segundo a nota, a municipe já teria recebido o medicamento no dia seguinte e a pasta, pede por isso, a retratação do jornal.

“Atentos ao questionamento quanto ao caso do medicamento em falta ( epilepsia) foi realizada diligências para apurar a veracidade da informação passada. Ao consultar a Secretaria de Saúde, a mesma informou que o marido da senhora Katia, já havia retirado uma caixa do medicamente de alto custo na parte da manhã, mais precisamente no dia 13/03/2025”, diz a nota.

A nota oficial, afirma que “neste sentido, a matéria veiculada onde aponta a suposta falta de remédios não procede da maneira como foi noticiada”, ressaltando ainda que “nota-se, que houve desencontro na checagem da veracidade da fonte da referida informação”, numa possível alusão ao fato de que a pasta foi procurada pela reportagem após a publicação da notícia e não antes, mas esquecendo-se que no mesmo dia a matéria foi enviada ao governo e apenas hoje, houve retorno.

“Por fim, a Secretaria de Saúde gostaria de saber a possibilidade de retratação da matéria veiculada. Confiando na imparcialidade desta jornalista, aguardamos um retorno!”, encerra a pasta.

A municipe já havia entrado em contato com a reportagem na sexta-feira, confirmando que seu marido havia recebido uma ligação da Saúde, dizendo que “havia uma doação” para ela. “ Quando buscar tinha sim uma caixa com 30 comprimidos que dá pra uma semana. A moça que entregou não soube responder quem doou, pois o trabalho dela é somente entregar. Mas é uma caixa do Sus,ou seja não foi comprada em farmácia. Ela explicou que estão procurando em cidades vizinhas pra ver se tem sobrando pra doar”, disse Kátia, complementando: “Vou continuar com o processo pois é muito importante que não aconteça novamente e que eles entreguem pontualmente o remédio. Não só meu, mas dos demais que precisam. A hora que eles entregarem tudo certinho,vou postar. Eu, como cidadã, acho importante falar o que é ruim e o que é bom também”.

A matéria será encaminhada à Secom.