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Trabalho, vida familiar, compromissos pessoais, reunião da escola. Você também tem a sensação de que o tempo está passando rápido demais???

A cada dia novas tarefas surgem. Afazeres que se acumulam, hora que passa e responsabilidades que aumentam! Ufa… só de ler isso o coração já acelera e a respiração já encurta. Calma!!! Respira: Inspire, encha os pulmões, conte mentalmente até três e então expire, calmamente, numa contagem mental de cinco segundos. Percebeu como a respiração melhorou? E a impressão é que até o cérebro agradeceu. E não é só impressão. De fato a oxigenação física e mental melhora consideravelmente.

Mas vamos entender o assunto então…

Gosto sempre de explicar a origem das terminologias e possíveis associações. De origem inglesa, o termo STRESS foi emprestado da física e implica a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais. Hans Selye, médico endocrinologista, o utilizou pela primeira vez em 1936, na revista científica Nature, transpondo-o à situação humana, no sentido do indivíduo se adaptar às condições adversas e; associado a isso, estudou as reações físicas e psicológicas apresentadas. Selye observou que organismos diferentes apresentam um mesmo padrão de resposta fisiológica para estímulos sensoriais ou psicológicos, e isso teria efeitos nocivos em quase todos os órgãos, tecidos e processos metabólicos.

Trocando em miúdos, entende-se do exposto acima que, devido ao estresse, nosso organismo muda a forma de agir e, por conta disso, uma série de alterações podem ocorrer, como por exemplo: o ritmo circadiano, responsável por regular nosso sono. E, um hormônio também importante nesse sentido é o cortisol, que em doses elevadas pode ocasionar infarto, acidente vascular cerebral (AVC), entre outros problemas. Agora lhe pergunto: Tem apesentado insônia na última semana? E dor de estômago, há quanto tempo vem sentindo? Seu intestino mudou o ritmo? Tem quadros de diarreia ou maior frequência gastrointestinal?

Quantos sintomas podem estar relacionados ao estresse. São inúmeros. Costumo dizer que esse é o mal do nosso século, já que vivemos numa sociedade obcecada pela fama, fortuna e, parafraseando o sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, bastante líquida; uma vez que as relações estabelecidas, sejam elas sociais ou econômicas, são frágeis e fugazes, ou seja, pouco consistentes.

Os estudiosos no assunto são milhares. Indispensável citar Marilda Lipp, referência no assunto de estresse. Tal autora é psicóloga e pesquisadora do Instituto de Psicologia e Controle do Stress, localizado na cidade de Campinas, interior do Estado de São Paulo. Há inclusive um inventário de controle do estresse que leva seu sobrenome: Inventário de Lipp. Tal documento é composto pela descrição de sintomas ocorridos na última semana, no último mês e, por fim, nos últimos três meses. Nesse inventário o sujeito avaliado assinala os sintomas que apresenta em cada período e, dependendo da somatória obtida, poderá descobrir se estará na fase de alerta, resistência ou exaustão relacionada ao estresse.

A fase de alerta condiz com sintomas que o organismo vem sofrendo física e mentalmente nas últimas 24h. Alguns exemplos: mãos frias, boca seca.

Já a fase de resistência diz respeito ao fato de seu organismo ter dado os sinais de alerta, porém, uma vez não interrompidos, sabiamente a máquina humana resistiu, sobreviveu, mas os sintomas se agravaram. Aí estão os quadros de insônia, diarreia.

Com relação à exaustão, como a própria palavra sugere, o corpo e a mente entraram em sobrecarga, estão extremamente cansados, colapsando e, por essa razão, os sintomas são mais intensos e perigosos. Nessa fase há risco de infarto, AVC, surgimento de úlceras, desmaios, entre outros.

Diante do que está lendo, consegue se autoavaliar??? Ainda que em linhas gerais, consegue entender o que seu organismo está pedindo a você? Sente o coração disparar repentinamente com situações corriqueiras (e olha que aí nem estou falando de paixão. Antes fosse! Rs…) que antes conseguia executar com maestria? Vem apresentando dificuldade para dormir? Há dores físicas que antes não existiam? O cansaço mental é intenso?

Se a resposta foi sim para a maioria dessas perguntas, convido você a parar um pouco o ritmo. Acione lentamente o freio da locomotiva que está sua vida e permita-se respirar e acalmar mente e corpo. Faça um esporte, pois o exercício libera endorfina e essa provoca o relaxamento que precisamos, assim como o bem-estar. Escute uma música de sua preferência. Converse com um amigo, divirta-se. Não permita que a liquidez da vida cotidiana tire o seu brilho. VIVA!!!