Neste espaço muitas mulheres compartilham suas alegrias, tristezas, conquistas, histórias. Partilhar trajetórias torna a vida mais leve e certamente motiva outras mulheres; esse é o objetivo, além de enaltecer estas maravilhosas pessoas.
A fotógrafa Maraísa Tegani deu um emocionante depoimento, compartilhando sua história e mostrando que a superação está muito além do que se pode imaginar; não por acaso, hoje ela ama fotografar a vida. Leia e se emocione!
“Nesses tempos tão pesados, difíceis, gostaria de compartilhar um pedacinho da minha história. Acredito que temos todos boas e nem tão boas experiências de vida, e todas trazem seus ensinamentos.
Me chamo MaraísaTegani, tenho 37 anos e comecei a fotografar muito nova, mesmo antes de saber que se tornaria minha profissão há 13 anos.
Em 2006 foi descoberto que eu tinha um tumor benigno no cérebro, mais especificamente na hipófise, que provoca muitos sintomas e consequências se não tratado corretamente.
A princípio foi assustador lidar com uma situação desconhecida, mas quando, conversando com vários profissionais da área, entendi a doença (que se chama acromegalia), e passei a agradecer o fato raríssimo de ter sido diagnosticada ainda muito jovem.
Devo ressaltar que o primeiro diagnóstico foi feito em Avaré pelo Dr. Miguel Paulucci e só depois procurei especialistas fora daqui. Mais um motivo de agradecimento: fui encaminhada diretamente à Dra. Nina de Castro Mussolino, médica endocrinologista, nome de referência em acromegalia na América Latina.
A descrição de todos esses anos se resume em injeções mensais, cirurgia e radioterapia, sempre no Hospital das Clínicas em SP. (Não fosse esse atendimento pelo SUS, teria sido inviável realizar esse tratamento durante 14 anos.)
Hoje, com a doença totalmente controlada, posso afirmar que uma das grandes responsáveis pela minha superação é a fotografia e o poder que ela me proporciona de colecionar bons momentos, capturando emoções através de olhares, sorrisos e amor”.