Todos nós, seja de coração ou por convenção social, desejamos saúde, paz, prosperidade aos que nos cercam, sem realmente dar-nos conta da importância de cada voto. Enquanto para a grande maioria, ‘saúde’ pode ser mais um desejo, para algumas pessoas é uma necessidade ou uma benção.

No dia a dia não valorizamos a saúde porque a temos; ela só ganha importância quando podemos perdê-la, infelizmente. Contudo, quando temos fé e esperança, podemos transformar o mundo e principalmente vencer nossos próprios desafios.

A esperança, como o nome sugere, implica um estado de espera.  Quem tem esse tipo de esperança simplesmente sabe que o poder espiritual realiza nossas vontades e opera milagres. Por isso, não se sente desamparado.

A fé é a prática de quem confia num plano superior e entende que as dificuldades atendem a um propósito e servem como aprendizado. Embora ambas sejam diferentes, caminham lado a lado, uma da outra. Para uma edição tão especial como esta, mostramos a história de duas mulheres, resilientes e inspiradoras, que estão vencendo a luta contra o câncer e que são exemplos de fé e esperança de forma real e motivadora.

Temos certeza de que esta será apenas parte de suas histórias, pois já reservamos espaço para contar suas vitórias. Afinal, é Natal e todos os pedidos verdadeiros e de coração são atendidos por quem acredita. Creia, confia , inspire-se e agradeça!

 

Marialva

Baiana de nascimento (Lafaiete Coutinho), Marilva Araújo de Souza Biazon, 62, fez sua história em Avaré. Enfermeira e advogada, exerceu cinco mandatos como parlamentar e foi a única mulher a presidir o Legislativo avareense. Aliás, a única mulher negra. Sim, ela enfrentou preconceitos, mas sempre quis ser reconhecida pela excelência de seu trabalho e não pela cor da pele.  Entretanto, não há como negar que para uma mulher negra, ser uma poderosa voz feminina dentro da política como sempre foi, era resultado de muitas batalhas ao longo de uma carreira pública de mais de 20 anos, iniciada em 1995/96. Casada, mãe de gêmeas e agora avó, com ou sem preconceito ela se firmou na política assumindo inclusive a secretaria da Saúde. Foi autora do orçamento impositivo – um feito inédito em Avaré – entre outros projetos importantes, como também o fim do voto secreto e a redução no número de vereadores – propostas modernistas para uma política muito tradicionalista.

Recentemente ela comoveu a rede social com um desabafo, no qual relata sua luta e agradece o apoio da família e dos amigos.

“Há exatamente um ano, no dia 06/12/2021, após precisar ser submetida a uma cirurgia de urgência para desobstrução do intestino, eu e minha família recebemos uma notícia que nem em nossos piores temores poderíamos imaginar”!

Os médicos disseram para minhas filhas: Sua mãe tem um câncer que já gerou metástases por vários órgãos, não há o que possamos fazer por ela! Leve ela para casa, cuidem dela e preparem-se, pois ela tem pouco tempo de vida!

Quando uma notícia como essa chega é como se o chão por um instante faltasse e a escuridão se torna tão profunda que não é possível olhar um palmo a nossa frente e inevitavelmente nos vem à mente a pergunta… O que será de nós?

Naquele momento fizemos a única coisa que poderíamos fazer diante daquela situação..  oramos e clamamos socorro ao Deus do impossível! Os dias se passaram e ao contrário até do que se era esperado eu me recuperei bem da cirurgia e demos início a uma caminhada que muitos já tinham até dado como perdida!

Ao lado da minha amada família, dos meus irmãos em Cristo, meus amados amigos e coberta pela graça de Deus, comecei a quimioterapia! Essa foto foi logo depois da primeira sessão! Hoje o cabelo já está maior e já se passaram mais de 15 ciclos! Poderia aqui usar esse momento para dizer dos desafios que tenho enfrentado, em o quanto o tratamento é difícil e em quão grande tem sido a nossa luta! Mas ao em vez disso eu quero dizer para vocês meus queridos amigos… DEUS É BOM!

Apesar de tanta luta nunca experimentamos tanto da bondade e misericórdia de Deus como ao longo desse ano! Não caberia em um único texto a quantidade de milagres que temos vivido, além de claro, tanto amor e cuidado que tenho desfrutado da minha família, meus amigos e meus amados irmãos! Citar um único nome aqui seria cometer uma injustiça sem fim!

Os dias tem sido difíceis sim meus amigos, mas com certeza o poder, a bondade e a misericórdia de Deus tem sido infinitamente maiores!

Obrigada por cada oração, por cada demonstração de carinho que tenho recebido ao longo desse ano! Sei que tenho um exército lutando essa batalha ao meu lado! Que Deus abençoe a cada um hoje e sempre!”

Marialva Biazon

 

 

 

Priscila

 Sem medo dos olhares, mas pronta para a luta.

 

A história da avareense Priscila Karina Munis de Souza, de 42 anos, é uma verdadeira trilha de superação. Aos 38 anos, foi diagnosticada com câncer de mama em 2018 passando por cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Agora, quatro anos depois, infelizmente foi novamente diagnosticada com câncer em outra mama – agora, mais agressivo.  “Estou fazendo as quimioterapias e depois vou fazer a retirada toda da mama direita onde estava o câncer para depois ter uma reconstrução”, conta. Priscila tem uma filha especial, que nasceu prematura e teve sequelas; por isso vendia roupas em casa já que a filha não pode ser deixada sozinha. Agora, com o tratamento ela não consegue mais trabalhar e elas vêm sobrevivendo apenas com a pensão da filha de 1.200 reais.

“Moramos eu, ela e minha mãe desde o início do tratamento; não consegui mais trabalhar por conta das quimioterapias que estão judiando muito no meu caso e por baixa imunidade assim, tenho que ficar internada a cada 15 dias e esta é um pouco da minha história”, relata. Nos últimos meses, ela já foi internada umas três vezes, tendo que parar com a quimio e fazer transfusão por conta da baixa de plaquetas. Por isso suas amigas – Eliana, Patrícia e Márcia – estão colaborando e iniciaram uma vaquinha virtual, de forma a arrecadar dinheiro para exames e despesas de Priscila e também da filha.

Qualquer valor é bem vindo e a campanha continua (veja os dados no final da matéria).

E este é o relato dela, de uma mulher que vencerá essa batalha!

 “Eu Sou Priscila Karina Munis de Souza nascida aqui em Avaré no dia 04/05/1980. Sempre fui uma criança normal, uma adolescente com vários amigos mais ou menos; aos 18 anos conheci minhas amigas que levo para Vida: Márcia Cardoso, Patrícia e Eliana Hoffmann.

Aos 34 anos descobri a gravidez da minha filha, minha alegria! Já estava com o pai dela há mais ou menos 13 anos de namoro, só que com 25 semanas em um sábado à noite, me senti mal e fomos à Santa Casa de Avaré.

Eu estava com pressão arterial de 28 por 18, fui internada em Avaré até que me transferiram para a Unesp de Botucatu. Fiquei num quarto chamado de Síndrome de Help, o estágio mais forte da pré-eclâmpsia, e quase fui à óbito – eu e minha filha. Foi feita a cesárea e foram um total de 71 dias de internação da minha filha, pois havia nascido com 25 semanas e 6 dias, pesando 740 gramas –  muito pequena, mas uma guerreira.

Por conta da prematuridade ela teve várias intercorrências ao longo da internação: três paradas cardíacas e quatro respiratórias; algumas outras sequelas que apareceram com o passar do tempo. Mas apesar de tudo, a Nicole é uma criança com poucas sequelas; só faz o uso de fraldas, se alimenta de maneira normal e precisa de fisioterapia, fonoaudióloga e terapia ocupacional.

Em 2018 em uma consulta de rotina, na época com os médicos cubanos aqui em Avaré, percebi um coloração diferente na pele; fui ao mastologista e foi tudo muito rápido. Passei com ele em uma semana e logo na semana seguinte fiz a cirurgia; 15 dias depois, a biópsia mostrou um câncer maligno nível 4 que precisava de urgência em ser tratado e então comecei as quimioterapias (foram 4 vermelhas e 4 brancas).

Nesta época, eu trabalhava como feirante e vendia diversos produtos nas feiras – alto que conseguia, pois mesmo com a doença não me sentia tão mal. Fiz a radioterapia e venci o câncer. 

Mas em 2022 um novo tumor uma pele mais dura no seio foi o primeiro sinal … E sem querer uma cabeçada da minha filha fez este novo tumor sair fora da pele se tornando um câncer com uma úlcera. Na consulta o médico falou que era um novo câncer e que precisávamos tratar com urgência e na semana seguinte já estava fazendo quimioterapia. Novamente não tive nem tempo; a única coisa que me disseram: vamos tratar e foram dias de curativo e quimioterapia; na segunda a ferida da úlcera já havia secado graças a Deus. Meu corpo, no início, respondeu bem, mas depois da terceira quimioterapia fui ficando mais fraca e aí vieram as internações – algumas bem sofridas, pois estava sem veias para tomar o sangue e as plaquetas e ainda assim, consegui fazer mais duas quimioterapias.

Mas meu corpo já estava fraco e fui para Unesp. Lá comecei toda a bateria de exames para a mastectomia ou seja a retirada da mama;  por não conseguir, desde o dia 25 de outubro estou sem quimioterapia e agora aguardando a cirurgia, depois as radioterapias e nestas consultas as médicas suspeitam que eu possa ter uma mutação genética e este exame de alto custo é que vou fazer através da colaboração da vaquinha virtual. No início da pandemia com o fechamento das feiras na cidade, fui vender roupas as quais tinha que viajar para são Paulo e agora, não conseguindo ir mais trabalhar, fica uma situação financeira um pouco complicada!

Esta é um pouco da minha história; filha, mãe, mulher lutando de todas as maneiras vencer este câncer e me prevenir com o exame de mutação genética para não ter nem um outro”.

Priscila de Souza

 

 

Qualquer doação para a campanha pode ser feita através de pix na conta da própria Priscila (pix no CPF 316.199.218.04) ou na conta pelo Santander – Agência 3615 – conta 01066045-9.

Mais informações pelos contatos (14) 99709.1365 | (14) 99707.1365 e (14) 99751.3749