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Imagine que não há países

Não é difícil; nenhum motivo para matar ou morrer

E nenhuma religião também; imagine todas as pessoas

Vivendo a vida em paz

 Este é um trecho de “Imagine” uma das músicas de John Lennon mais tocadas em todo o mundo, um ícone do ideal que a humanidade poderia almejar como evolução. Ela pode ser lugar-comum, piegas, como queiram classificar, mas a verdade é que quase todos nós já sonhamos com um mundo onde as igualdades e a fraternidade prevaleçam. Utopia? Sim, pelo menos em nosso contexto mundial.

Se não podemos mudar o mundo, o que podemos fazer para tornar mais feliz nossas vidas e o meio em que vivemos? Vamos imaginar como seria o nosso mundo, seja onde for, com mais perdão, mais empatia, mais compreensão, mais carinho.

Imagine que não há rancores e barreiras, raivas e mágoas. Não é difícil imaginar. Então por que não praticar? Num ano em que vivemos na polarização, porque não imaginar e fazer um mundo com união. Afinal, o que acrescenta a cada um defender sua verdade? O que torna o mundo uma escola são justamente ideologias diferentes. Não é preciso dizer que qualquer tipo de radicalismo não cabe aqui e em qualquer lugar do mundo, não é? Radicalismos nos cegam e nos tolhem de aprendizados.

Na prática, o que impede você de fazer as pazes com aquele irmão, parente ou amigo? A política? É essa ilusão que nos define? Fazer o ‘L’ ou o ‘B’? O que isso acrescenta a nossa vida? E se morrêssemos daqui a pouco? Manter esse orgulho, essa verdade, essa vaidade…isso realmente vale a pena?

Imagine sua vida sem esse ‘ranço’, esse peso…Imagine viver em paz (não estamos falando da eterna, mas a terrena)… Imaginou? Isso é possível. Basta praticar.

 

Política para que? – A política esteve no centro das discussões este ano, seja nas redes sociais, na vida real, dentro e fora da família, do grupo dos amigos, do trabalho. Brigas se tornaram frequentes, assim como bloqueios, cancelamentos, amizades desfeitas, rompimentos. Sem dúvida, a família foi (e é) um dos palcos principais dos confrontos. Em muitos casos, estes embates são antigos; vem se arrastando desde 2013, 2014 e ao longo dos anos a tensão foi aumentando até explodir em 2022.

A família é um lugar de vínculos significativos e um componente importante da saúde mental de seus integrantes. A diversidade e alteridade entre as pessoas de uma família, no entanto, são inevitáveis, e geralmente saudáveis.

Porém, nos tempos atuais e digitais, a tolerância à frustração diminuiu bruscamente, já que basta um clique para bloquear qualquer informação divergente da nossa. Assim, criamos uma bolha digital isolada, mas a vida real, presencial, não funciona desta maneira.

Os conflitos são importantes transformadores, necessários para colocar a vida social em movimento. Ouvir opiniões diferentes também é importante para nossa construção crítica. A questão é encontrar um equilíbrio, sem varrer os conflitos para baixo do tapete nem colocá-los no centro da mesa, e sim administrá-los das formas possíveis. Infelizmente há casos em que isso nem sempre isso é possível.

Contudo, é bom observar que normalmente as brigas políticas têm um pano de fundo que vai além de questões ideológicas e envolvem outros aspectos da relação familiar. Sempre que possível, o ideal é trabalhar o elo, o vínculo e o respeito. Quando isso não é uma opção, é preciso pensar em estratégias de proteção e resiliência, já que a individualidade de cada um precisa ser respeitada. Para existir um diálogo saudável, é preciso que haja abertura para conseguir pensar sob outros pontos de vista. Se não há abertura, é desgastante se posicionar e manter o vínculo.Aí o distanciamento é necessário e saudável.

 

“Não discutir política” é opção?

Muitas famílias optaram por não falar sobre política, seja no almoço ou no grupo de WhatsApp. Para algumas, a estratégia funcionou, mas segundo especialistas, é em vão determinar que “não se discute política” ou não se fala de temas polêmicos. Mesmo evitando o tema da política partidária, a política faz parte da nossa vida, como nos organizamos, lidamos com nossa identidade e nossas relações.

Por isso, tem que existir um pacto de proteção, com respeito mútuo e administração do conflito, lidando com assuntos polêmicos sem romantiza-los nem os neutralizar. Esse combinado pode ser feito ao vivo ou até por WhatsApp, mas precisa ficar definido o que a família tolera ou não tolera, quais são os limites e as regras, para que todos entendam como funciona o coletivo. Assim, fica possível argumentar com diretrizes claras.

 

Divergências em família – O ambiente social, eleitoral e histórico interfere na dinâmica familiar, e os conflitos familiares interferem na qualidade de vida e na saúde física e mental do indivíduo. É bom que exista um pacto de convivência familiar que esteja claro para todos. O ideal é trabalhar esses conceitos desde a infância, ensinando o respeito mútuo e os limites em relação à forma de extravasar a agressividade. Assim, o indivíduo mantém seu ambiente de referência, mas preserva sua individualidade. Conviver na mesma casa envolve um contato mais íntimo e presente, mas isso não significa brigas mais constantes. Muitas vezes, familiares que moram na mesma casa não expõem suas opiniões em nome da boa convivência, evitando o conflito ao menos superficialmente. Em alguns casos, os familiares se sentem mais à vontade expondo abertamente suas opiniões divergentes quando o convívio é mais distante, como acontece nos grupos de WhatsApp, por exemplo.

 

 Como impedir que diferenças políticas estraguem ocasiões familiares? – Com a cultura de paz e estratégia na mediação de conflito, sobretudo com a comunicação não violenta, é possível evitar brigas. Cada um pode trazer suas opiniões, experiências e posicionamentos e expor seu entender da realidade sem ser uma ofensa ao outro. A própria família pode traçar suas regras e limites: até aqui, respeitamos e entendemos e, a partir daqui, entendemos como forma de violência, de não entender a diversidade, e não toleramos. Quando os ânimos se exaltam, pode ser uma boa ideia encerrar a discussão e, se for o caso, retomar o assunto em um momento de mais calma.

Passado o conflito mais intenso, é hora de se dedicar à recomposição das relações, trabalhando em cima do que é partilhado. Por mais que haja divergências sobre um tema, identidades ou experiências, é possível pensar em pontos comuns com o propósito de estar juntos, momentos em que o elo ganha mais evidência que a diferença.

Um caminho é pensar naquilo que os une: origens, tradições, filmes, fotografias ou experiências que foram vividas em conjunto, revivendo aquilo que os aproxima. Também é bom sugerir atividades com contexto familiar que possam ser feitas em conjunto, como pintar a casa, ensinar alguém a dirigir, ajudar a cuidar dos avós, preparar um chá de bebê. O foco é na tarefa e na força da união, entendendo que as diferenças ficam pequenas frente a um propósito comum maior.

E quando a reaproximação não acontece? – Muitas vezes, evita-se falar para não causar uma discussão que possa resultar em rompimento, mas existem discussões necessárias, que argumentam com discursos de intolerância e extremismos.

A convivência não é incondicional, cada um pode avaliar o grau de proximidade e conflitos, e o quanto é sustentável a permanência na relação. A intolerância geralmente não consegue lidar com as diferenças, e a retomada de convívio envolve reconhecê-las.

 

 

Sinais de que você pode estar levando a briga política muito a sério

 

Todos nós já ouvimos aquele velho ditado que diz: “Futebol, religião e política não se discute”. Essa frase até que faz muito sentido, pois são assuntos que muitas pessoas têm pontos de vistas diferentes e que podem gerar conflitos desnecessários. Mas se você gosta de discussões calorosas sobre política e leva esse assunto a sério demais, conheça os indicativos que suas brigas estão passando dos limites:

 

Você está criando inimizades

Se você gosta de discutir política com os outros, exige que todos concordem com você e, por causa disso, está construindo inimizades em todos os lugares que frequenta, tome cuidado. Respeitar as opiniões alheias sobre qualquer assunto é fundamental, mas se tornar uma pessoa “amarga” por causa de brigas políticas, é um péssimo sinal de falta de respeito à diversidade de ideias.

 

Não consegue parar de pensar no assunto

Mesmo que você seja obcecado por política e que já tenha brigado com outras pessoas por causa desse assunto, mas de uns tempos para cá, não consegue parar de pensar sobre isso, está na hora de rever seus conceitos. Tudo na vida deve ter um limite e se você não consegue fazer mais nada a não ser pensar 24 horas em política, é sinal de que suas brigas com os outros não estão lhe fazendo bem, emocionalmente.

 

Está varias noites sem dormir

Se suas brigas políticas estão te deixando diversas noites sem dormir direito, é melhor analisar se está compensando gastar tanta energia com um assunto que cada pessoa pode ter uma opinião diferente.

Será que perder noites de sono por causa de brigas políticas pode fazer bem para sua saúde? Pense nos malefícios que a falta de sono pode trazer a curto prazo e veja se é isso que realmente deseja para você.

 

Fica irritado com opiniões políticas contrárias a sua

Se você está no happy-hour com seus amigos, começa a discutir sobre política e, logo de cara, já fica irritado com a primeira opinião diferente da sua, é melhor ficar alerta. Levantar esbravejando da mesa só por causa da diversidade de ideias, pode afastar as pessoas do seu convívio. Ficar irritado com facilidade só por causa de pequenas discussões políticas, pode não ser interessante para o seu bem-estar.

 

Evita conversar com pessoas que não pensam como você

Se você evita passar perto de pessoas conhecidas no seu bairro ou no ambiente de trabalho, só porque elas não pensam como você quando o assunto é política, é um péssimo sinal.  Levar as brigas ou discussões políticas a sério demais a ponto de chegar a nem cumprimentar as outras pessoas do seu convívio social, pode deixar você isolado em sua “bolha”, o que pode trazer sérias consequências. Política é natural do ser humano. Fazemos política a todo momento, quando estamos negociando necessidades e direitos em nossos grupos sociais. Nesse cenário, saber ouvir a diferença é uma grande lição. Exercite-a!

 

 

10 atitudes essenciais para a paz

As dez atitudes que irei compartilhar a seguir vão te ajudar a conquistar o estado de paz que deseja. São pequenas mudanças de ideias e comportamentos que, juntas, irão promover uma grande transformação em sua vida.

 

1 – Seja a paz que deseja ver no mundo

Duas coisas que determinam o tipo de energia que iremos receber são as nossas atitudes e os nossos pensamentos. Nesse sentido, se deseja obter energias positivas para viver em paz, mostre ao universo que é merecedor disso através de suas ações positivas. Evite entrar em conflitos desnecessários, não julgue as pessoas levianamente, não aja de forma violenta, busque ser justo ao tomar decisões, enfim, seja alguém que realmente prioriza a tranquilidade e promove a paz em cada gesto.

 

2 – Entenda que amar não é controlar

O amor é um sentimento extraordinário que nos faz querer ver as pessoas que amamos felizes. Contudo, é importante que saiba diferenciar o afeto que sente da necessidade de controlar o outro. Zelar pela felicidade de quem se ama é uma atitude muito bonita, uma verdadeira demonstração de generosidade e carinho, mas lembre-se que todos são livres para agir e tomar decisões de acordo com suas próprias ideias, sentimentos e valores. Por isso, mantenha atenção à forma como age em seus relacionamentos pessoais, preze pelo respeito e, principalmente, pela confiança.

 

3 – Exerça o perdão

O rancor é um sentimento nocivo que impede os indivíduos de superarem o passado e olharem para frente, para vivenciar o presente em plenitude. Por isso, para viver em paz, é necessário que elimine essas mágoas do seu interior, perdoando aqueles que possam ter te causado algum mal, e abrindo espaço para o amor e para o bem. Por mais que talvez não consiga recuperar a confiança naquele que te magoou, o fato de superar a dor irá te ajudar a encontrar a sua paz interior.

 

4 – Priorize o diálogo

Mesmo que se esforce para viver em paz, existirão situações em que encontrará divergências entre a sua opinião e de outras pessoas, afinal cada indivíduo é único e lidar com as diferenças faz parte da convivência. O que deverá mudar é a sua forma de agir quando isso acontecer. Ao invés de se impor e discutir para provar sua razão; priorize o diálogo para que possa ouvir o ponto de vista do outro e, também, expressar o seu com respeito. Conversar é a melhor forma de encontrar o entendimento e uma grande oportunidade de adquirir e compartilhar experiências e conhecimentos.

 

5 –  Cuide da sua saúde

A sua saúde tem uma grande influência sobre seu estado de espírito, dessa forma, zelar por ela é um gesto de autocuidado e amor próprio. Escolha bem os alimentos com que alimenta o corpo e os pensamentos com os quais irá alimentar a mente, pratique exercícios físicos e faça check-ups regulares. Ausência de doenças não é sinônimo de completa saúde, para ser verdadeiramente saudável é essencial que seu corpo, alma e a sua mente estejam verdadeiramente em harmonia.

 

6 –  Seja otimista

Ser otimista e acreditar que o bem sempre vence; é um ato essencial para que a paz se instaure em sua vida. Para isso, é necessário que se permita abrir os olhos para o lado bom da vida, a fim de enxergar que, mesmo em momentos delicados, sempre é possível encontrar uma lição positiva que te faça crescer. O otimismo é um sentimento que contagia e se multiplica, por isso, quanto mais se cercar de pessoas otimistas, mais sua mente irá se ocupar com pensamentos positivos também.

 

7 – Respeite as diferenças

Já pensou como o mundo seria se todos fossem iguais e tivessem as mesmas opiniões? Certamente não teríamos acesso a tantas descobertas como temos hoje, pois a maior riqueza do universo certamente é a sua pluralidade. O fato de sermos diferentes uns dos outros permite que um possa aprender com o outro, seja para mudar uma opinião ou se certificar em relação ao que pensa. Ninguém é obrigado a concordar com as ideias e as escolhas do outro, basta que haja respeito, pois apenas assim é possível conviver em paz.

 

8 – Agradeça por tudo o que tem

Aprender a ser grato porque tudo o que já tem; pelo que não lhe aconteceu de ruim, também é uma forma de promover a paz em sua vida. Ter objetivos e desejar conquistá-los é algo realmente maravilhoso e, como tal, você deve alimentar sempre esta energia de realização, contudo para se manter motivado é essencial saber agradecer pelo que já conseguiu conquistar também. A gratidão é um sentimento que transforma, ilumina e fortalece, pois tira o foco da ausência para colocar na presença. Também é importante ser grato em relação às pessoas que contribuem com a sua felicidade e levam a paz para o seu dia a dia.

 

9 – Viva de forma organizada

Embora pareçam áreas completamente distintas da vida, a organização também é capaz de promover a paz. Afinal, sem ela as pessoas se sentem perdidas, sobrecarregadas e sem tempo para desfrutar de cada momento em plenitude. Adote a organização principalmente em relação aos ambientes onde vive e aos compromissos, tarefas e finanças. Assim, conseguirá fazer um melhor uso dos seus recursos e, principalmente, do seu tempo.

 

10 –  Encontre o seu significado de paz

Embora a paz seja um sinônimo de tranquilidade e harmonia, ela pode ter um significado diferente na vida de cada um. Para encontrar o seu, é necessário que se conheça e descubra o que te faz se sentir bem e feliz. Através do autoconhecimento poderá eleger quais são as suas prioridades e, então, definir estratégias para transformar o seu significado de paz na sua realidade todos os dias. Viver em paz é, principalmente, uma questão de escolha e, ao colocar essas dicas em prática, estará escolhendo ser feliz. Seja um exemplo positivo para todos aqueles com os quais convive, vida sua luz e leve luz para onde for. Aproveite e compartilhe este artigo com os seus amigos e incentive-os a também encontrarem a sua paz interior. Faça isso e alimente a corrente do bem!

 

Abraço, símbolo de paz

 

Pode parecer simplista, mas já reparou como um abraço sela momentos de amor, de paz, de reencontros, de recomeços? Sim! Ele pode simbolizar a paz entre as pessoas, afinal, normalmente quando abraçamos é porque queremos dizer o que não conseguimos falar com palavras. Parece simples, mas um abraço pode fazer um bem danado. Sabe aquele abraço apertado, acolhedor e afetuoso? Pois ele é capaz de ajudar a proteger e deixar seu coração até mais saudável.

O abraço promove as sensações de felicidade, bem-estar e conforto. Entre outros benefícios, melhora ainda a imunidade e contribui no combate de infecções, alivia a depressão e a ansiedade, ajuda a afastar sentimentos negativos, como solidão, isolamento e raiva, diminui o cansaço, além de reduzir o estresse, os níveis da pressão arterial e o ritmo cardíaco.

Quando abraçamos alguém que gostamos, nosso corpo libera substâncias importantes, como a dopamina, hormônio relacionado ao prazer. Há também o aumento na produção de serotonina, considerada um antidepressivo natural, capaz de melhorar o humor, controlar a ansiedade e reduzir o sentimento de solidão.

O abraço pode estimular a endorfina, mesma substância química que soltamos após uma atividade física ou quando comemos chocolate, por exemplo, e que contribui para a sensação de bem-estar. Por fim, vale destacar a oxitocina, hormônio ligado ao toque e associado ao amor maternal, que tem o poder de acalmar e elevar a sensação de conforto, baixar a pressão arterial bem como ajudar no controle do peso e aumento da libido (alimenta o desejo de tocar e ser tocado).

Todas essas substâncias atuam ainda na regulação das taxas de cortisol e adrenalina, hormônios relacionados ao estado de alerta e ao estresse, que estimulam o coração a bombear sangue de forma mais rápida, exigindo mais do órgão. Um indivíduo em quadro de estresse crônico apresenta artérias que se contraem ou dilatam demais; pressão arterial elevada; digestão mais lenta; fluxo de sangue para os órgãos internos reduzido; e uma maior concentração de açúcares e gorduras na corrente sanguínea.

Tente lembrar então do alívio sentido quando você está estressado e recebe um abraço genuíno? Ser acolhido nos braços de outra pessoa ajuda a relaxar os músculos e liberar toda essa tensão do corpo. Estudos recentes indicam que os abraços atuam como uma espécie de amortecedor contra experiências negativas. Segundo pesquisadores da Universidade de Pittsburgh (EUA), após levantamento com cerca de 400 adultos, as experiências infelizes ou negativas – do tipo que podem arruinar nossos dias – se tornam mais fáceis de lidar quando recebemos um abraço de um ente querido. Além de expressar carinho e apoio, auxiliam na redução da pressão e na capacidade de lidar com o estresse gerado.

 

Dentro de um abraço

Diversas pesquisas revelam que esse contato pele a pele do abraço entre uma mãe e um recém-nascido produz benefícios físicos e psicológicos para a criança desde o nascimento. Entre eles, a melhoria do sono, sentido de propriedade do corpo, redução da ansiedade e produção correta do hormônio de crescimento. Ou seja, abraçar uma criança recém-nascida pode contribuir para seu desenvolvimento.

O abraço também é saudável nessa relação por conta do apego emocional. A ocitocina está intimamente ligada ao parto e a amamentação e tem um papel biológico na ligação entre mãe e bebê. Assim, o abraço contribui para a construção da confiança e para a sensação de segurança. Estimula até a autoestima: o contato físico durante um abraço nos faz sentir mais seguros e amados, e nos conecta à nossa capacidade de amar aos outros e a nós mesmos.

Sentimentos e emoções gerados nesse contato e relacionados ao amor, alegria, companheirismo e amizade levam ao relaxamento muscular, a vasodilatação (aumento do calibre dos vasos), relaxamento intestinal, secreção glandular, salivação, calor sem sudorese, isto é, manifestações que ajudam a prevenir as doenças cardiovasculares. A suave pressão no osso esterno e a carga emocional estimulam ainda a glândula timo, que regula e equilibra a produção de glóbulos brancos do corpo, contribuindo para o sistema imunológico e para um organismo saudável e livre de doenças.

Um abraço caloroso também pode agir contra a dor. Evidências descobertas em pesquisas realizadas nos últimos anos nos levam a considerar o abraço como forma de toque terapêutico. Um estudo da Wichita State University e do Kansas Heart Hospital (ambos nos Estados Unidos) testou esse tipo de toque terapêutico em pessoas que sofrem de fibromialgia, condição que causa dor nos ossos e músculos. Nos resultados, publicados na Holistic Nursing Practice, os participantes relataram uma diminuição estatisticamente significativa na dor bem como um aumento na qualidade de vida.

 

Nada substitui um abraço

Você já encontrou alguém que não gosta de ganhar um abraço? Se sim, é porque essa pessoa provavelmente tem alguma questão emocional mal resolvida, tem deficiência de amor consigo mesma, deve ser rígida ou não aprendeu o valor do acolhimento.

Todo mundo gosta de receber ou dar um abraço. Na verdade, essa não é só uma forma de manifestar carinho e gentileza, ele também faz um grande bem para nossa saúde emocional, espiritual e física. Ou seja, o abraço tem poder.

Mas, se olharmos ao nosso redor, vamos perceber que existem muitas pessoas, experimentando insegurança, solidão, tristeza, vazio existencial: essas pessoas podem estar carentes de um verdadeiro abraço. Aliás, é bom lembrar que a tecnologia, o celular, a internet, facilitam e resolvem grande parte dos problemas, mas nada disso substitui o toque, o conforto, o carinho de um ombro amigo e um colo acolhedor.

Portanto, que a nossa conexão com o mundo virtual não torne escasso o nosso abraço nas relações humanas! Afinal, além de reduzir níveis de estresse e de ansiedade, ele libera ocitocina, o hormônio da felicidade que fortalece o sistema imunológico.

Através dele podemos transmitir muitas emoções positivas como amor, gratidão, segurança, fé, amizade, alegria, conforto, tudo isso sem ter que dizer uma só palavra. Um abraço sincero, carregado de significado, é aquele silencioso e prolongado (com duração de cerca de 20 segundos) onde expandimos a energia de emoções positivas envolvendo o coração do outro com afeto, aceitação e amor.  Com ele, as duas pessoas ganham, pois ao mesmo tempo que uma pessoa dá, ela também recebe do outro a energia que reconecta, revitaliza e restaura o coração de ambos.

Entre outros benefícios do abraço nós também podemos dizer que ele:

  • Amplia nosso sentimento de auto-aceitação
  • Minimiza ansiedade e estresse
  • Libera dopamina, hormônio do humor e motivação
  • Fortalece o sistema imunológico gerando emoções positivas
  • Equilibra o sistema nervoso
  • Fortalece conexão, possibilita o exercício do perdão, apoio e amor.
  • Agasalha nosso coração e conforta nossa alma.
  • Impacta positivamente o nosso corpo e a mente, liberando o hormônio do amor, a oxitocina.
  • Produz a endorfina, a mesma substância química liberada após uma boa corrida ou quando comemos chocolate.
  • E mais: ele ainda nos a relaxar e nos sentir seguros, minimizando medos e ansiedades.

Um abraço significa carinho, amor, afeto e amizade. Um abraço estabelece uma ligação íntima e saudável entre as pessoas. É bom tanto para quem dá, quanto para quem o recebe. É um gesto simples, porém carregado de sentimentos. Desde a infância, as pessoas aprendem a abraçar aqueles que lhe são próximos para transmitir emoções diversas, seja em momentos de alegria, tristeza, saudade ou, simplesmente, quando dá vontade.

Para quem está passando por momentos difíceis, receber um abraço é reconfortante porque significa atenção, apoio, consolo e transmite solidariedade com o próximo. Nas comunicações escritas ou verbais, é comum as pessoas se despedirem com a expressão: “Um abraço”.

Espiritualmente falando, é um ato muito significativo porque permite que um coração repouse sobre outro coração. Que tal olhar para a pessoa que está próxima de você e perguntar: “Me dá um abraço?”. E procure praticar: o mínimo de sete abraços por dia é o suficiente para seu coração vibrar mais feliz! E já que é Natal e todos os dias são atendidos vamos pedir um mundo cheios de abraços de paz!

 

Você pode dizer que sou um sonhador

Mas eu não sou o único

Eu espero que algum dia você se junte a nós

E o mundo viverá como um só

 

(Fontes:  Metlife, UOL, Psicologia.com, Viva Bem, USP, Paulo Roberto de Almeida, José Roberto Marques e Ticiane Santiago)

(Capa Edição 257)