Apesar das 20 exonerações feitas pela mesa diretora do Legislativo avareense, um balanço feito pelo in Foco mostrou que há cerca de 17 comissionados que poderiam ser cortados para reduzir os gastos com cargos de confiança, conforme determinação do TCE – Tribunal de Contas do Estado.
Considerando a média salarial destes comissionados, há um custo aproximado de 100 mil reais com cargos de confiança – ou seja, mais de 1,1 milhão por ano.
O levantamento feito pelo in Foco usou as informações do site legislativo e mostrou que até junho, foram gastos R$ 3.181.100,04 com folha de pagamento; deste valor, cerca de R$ 1.503.442,75 se refere a cargos de confiança. Ano passado, o custo com pessoal foi de R$ 3.853.812,03 e a Câmara tinha 25 comissionados. Em 2021, foram gastos com folha de pagamento R$ 3.358.974,86, mas havia 12 comissionados – número menor que o atual pós-demissões. Em 2020, o custo foi de R$ 2.664.515,88 ( com 8 comissionados) e em 2019, R$ 2.857.971,65 ( com 7 comissionados).
Como já noticiado pelo in Foco, a volta da contratação de assessores para cada vereador (que havia sido extinta), contribuiu para o aumento de custos.
Até mesmo os vereadores que haviam votado contra a resolução e que no início haviam declarado que não contratariam assessores – Adalgisa Ward, Carlos Wagner, Luiz Cláudio da Costa, Hidalgo Freitas (todos do PSD) e Marcelo Ortega (Podemos) – tem seus assessores.
Vale lembrar que além de “ressuscitar” os assessores, a então mesa diretora da Câmara presidida por Flávio Zandoná (Cidadania) com apoio dos vereadores da base aprovaram inúmeros projetos que aumentam os custos como 13º e férias remuneradas para vereadores, prefeito e vice (que também teve aumento de salário), a possibilidade de gastar mais de 300 mil reais em publicidade, além da criação de outros cargos.