A menos de cinco meses, o esquenta das Eleições – que teve início ano passado com maior ênfase – começa a pegar fogo literalmente e possui 13 pré-candidaturas consolidadas – pelo menos até o momento (11 de maio). Embora seja possível que algumas delas deixem de disputar o pleito, os possíveis candidatos são os seguintes (por ordem alfabética):

– André Janones (Avante): 37 anos, nascido em Ituiutaba, Minas Gerais, é deputado federal 

– Ciro Gomes (PDT): 64 anos, nascido em Pindamonhangaba, São Paulo, é ex-deputado federal, ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional 

– Eymael (DC): 82 anos, nascido em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, é ex-deputado federal 

– Felipe d’Ávila (Novo): 58 anos, nascido em São Paulo, São Paulo, é cientista político e possui mestrado em Administração Pública 

– Jair Bolsonaro (PL): 66 anos, nascido em Glicério, mas registrado em Campinas, São Paulo, é ex-deputado federal e atual presidente da República 

– João Doria (PSDB): 64 anos, nascido em São Paulo (SP), é ex-prefeito da capital paulista e ex-governador do estado 

– Leonardo Péricles (UP): 40 anos, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi candidato a vice-prefeito da capital mineira na chapa do Psol em 2020 

– Luciano Bivar (União Brasil): 77 anos, nascido em Recife, Pernambuco, é ex-deputado federal e dirigente do partido pelo qual é postulante ao cargo 

– Luis Inácio Lula da Silva (PT): 76 anos, nascido em Caetés, Pernambuco, é ex-deputado federal e ex-presidente da República por dois mandatos (de 2002 a 2010) 

– Pablo Marçal (Pros): 34 anos, nascido em Goiânia, Goiás, é empresário e youtuber 

– Simone Tebet (MDB): 51 anos, nascida em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, ex-vice-governadora do Mato Grosso do Sul, ex- prefeita de Três Lagoas, ex-deputada estadual e atualmente é senadora 

– Sofia Manzano (PCB): 50 anos, nascida em São Paulo (SP), foi candidata à vice-presidência pelo partido em 2018, é economista e doutora em História Econômica 

– Vera Lúcia (PSTU): 55 anos, nascida em Inajá, Pernambuco, foi candidata a governadora de Sergipe, candidata a prefeita de Aracaju e a deputada federal. Em 2018, foi candidata à presidência. Em 2020, à prefeitura de São Paulo 

As pré-candidaturas do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e da senadora Simone Tebet (MDB) são exemplos de nomes que podem deixar a corrida eleitoral, em meio a aliança que deve ser construída entre PSDB, MDB e União Brasil.

Se se mantiver neste patamar, historicamente, o número (13) superaria o de concorrentes em 1994, 2002, 2006, 2010 e 2014 e empatado com a disputa presidencial de 1998. A eleição presidencial de 1989, que elegeu Fernando Collor, é a que teve mais candidatos desde a redemocratização: 22 nomes.

A corrida eleitoral está na fase das pré-candidaturas, em que os nomes interessados em concorrer realizam diálogos político-partidários para o próximo ano. Até agora, 6 políticos cogitados para disputar as eleições para o Planalto em 2022 retiraram seus nomes da disputa: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta; o ex-deputado e candidato em 2018 Cabo Daciolo; o jornalista e apresentador José Luiz Datena; o empresário João Amoêdo, ex-presidente do partido Novo e um dos fundadores da sigla; e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. O último a anunciar a desistência da corrida ao Planalto foi o senador Alessandro Vieira.

Terceira via segue distante O cientista político Malco Camargos avalia que o número alto de pré-candidatos dificulta a consolidação de uma possível terceira via na polarização entre Bolsonaro e Lula.  “Quantos mais candidatos estiverem neste limbo entre os dois extremos, mais difícil é que algum deles tenha protagonismo. A eleição caminha fortemente para uma polarização entre Lula e Bolsonaro”, opina.  Ele também vê como improvável que novos candidatos surjam com força para serem eleitos. “Qualquer nome novo faz um cálculo: qual meu esforço para chegar ao segundo turno? Hoje, os números desanimam muito os pré-candidatos. A faixa que Lula e Bolsonaro têm no voto espontâneo colocam uma montanha alta que deve ser escalada e superada para um candidato”, completa.

 

Calendário

Definido ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o calendário das eleições 2022 não tem novidades.  Políticos com mandato atual no Executivo que queiram se candidatar precisam deixar os postos até 1º de abril. A propaganda eleitoral começará em 16 de agosto, inclusive na internet.

O primeiro turno está marcado para o dia 2 de outubro e o segundo turno, onde houver, em 30 de outubro. Presidente e governadores eleitos tomarão posse em 1º de janeiro de 2023. A partir de 2027, esse calendário muda e a posse será dada nos dias 5 e 6 de janeiro, respectivamente. As datas do calendário aprovado pelo TSE se estendem até 30 de julho de 2023, quando termina o prazo para a Receita Federal apontar ao Ministério Público qualquer indício de irregularidades em doações à campanha de 2022.

Confira, abaixo, as principais datas do calendário eleitoral em 2022:

  • 15 de maio: permitido o início da arrecadação (financiamento coletivo)
  • 30 de junho: proibida a transmissão de programas apresentados por pré-candidatos
  • 2 de julho: agentes públicos ficam proibidos de exercer qualquer conduta que afete a igualdade de oportunidades entre candidatos
  • 20 de julho a 5 de agosto: realização de convenções partidárias
  • 30 de julho: último dia para propaganda do TSE incentivando a participação de mulheres, jovens e negros na política
  • 3 de agosto: prioridade para remessa postal de partidos e federações; último dia para a nomeação de mesários
  • 6 de agosto: emissoras de rádio e TV ficam proibidas de veicular propaganda política ou dar tratamento privilegiado a candidatos, partidos ou federações
  • 15 de agosto: último dia para o registro de candidaturas
  • 16 de agosto: início da propaganda eleitoral, inclusive na internet
  • 26 de agosto a 29 de setembro: propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV
  • 30 de setembro: último dia para a veiculação de propaganda na imprensa escrita
  • 1º de outubro: último dia para veiculação de propaganda eleitoral
  • 2 de outubro: primeiro turno de votação
  • 3 de outubro: retomada da propaganda eleitoral (2º turno)
  • 7 de outubro: retomada da propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV (2º turno)
  • 29 de outubro: último dia para veiculação de propaganda eleitoral (2º turno)
  • 30 de outubro: segundo turno de votação

As eleitas e os eleitos receberão a diplomação até o dia 19 de dezembro de 2022.

(Fontes TSE,  G1, Rádio Itatiaia, Poder 360, CNN e Gazeta do Povo)