Por sua vez, Jango Pires, autor do primeiro livro da história local, anota o ano de 1864 como sendo o da construção da “Capela do Major”, a pequenina igreja votiva erguida onde hoje está o Santuário de Nossa Senhora das Dores.
Aliás, importante é esclarecer: errônea é uma informação divulgada pela própria Prefeitura, em 1997, dizendo ser a Capela de Nossa Senhora da Boa Morte, no Bairro Alto, o lugar onde ficava a igreja do major. Isso não procede. Lá a família Negrão ergueu um pequeno oratório em 1885, mais de duas décadas depois da capela votiva erguida pelo fundador.
De acordo com testemunhos de parentes, a esposa de Vitoriano corria o risco de morte na hora do parto, o que motivou o marido a pedir ajuda divina para que tudo transcorresse. Ele foi agraciado, mas demorou para o cumprimento de seus votos, já que em 1861 o major e a mulher já eram idosos.
O que se sabe, entretanto, de concreto, é que o primitivo povoado formou-se em torno da ermida e passou a ser chamado de Rio Novo. Segundo descrição de Jango Pires, no seu livro publicado em 1952, a capela era “de pau a pique, barrotes e barreada, coberta de telha vã, no local onde hoje está a entrada principal ou porta da frente da Matriz” e media sessenta palmos em quadra, ou seja, mais ou menos dezessete metros quadrados.
Gesiel Junior para in Foco